Copresidente de empresa acionista da Azul morre em acidente na França
O presidente do conglomerado chinês HNA, Wang Jian, morreu na França, após uma queda acidental, quando tentava tirar uma foto
AFP
Publicado em 4 de julho de 2018 às 08h41.
Na mira das autoridades por seu frenesi de aquisições no exterior, o presidente do conglomerado chinês HNA, Wang Jian, morreu na França, após uma queda acidental, quando tentava tirar uma foto - anunciou o grupo nesta quarta-feira (4).
Wang Jian, presidente e fundador, morreu na terça-feira na região de Provence (sul), aos 57 anos, de acordo com um comunicado dessa empresa, ativa nos setores de turismo, logística e transporte aéreo.
Wang visitava a localidade de Bonnieux, quando sofreu uma queda mortal, segundo os gendarmes.
"Havia subido em um parapeito alto para tirar uma foto e caiu", disseram os gendarmes. Os bombeiros não conseguiram reanimá-lo.
Assim como no caso de Wanda (cinemas e imóveis), Fosun (lazer e turismo) e Anbang (seguradoras e hotelaria), o grupo HNA, fundado em 2000 na ilha de Hainan (sul), faz parte dos conglomerados que estão há um ano na mira dos reguladores chineses, preocupados com a amplitude dos empréstimos contraídos para financiar suas aquisições, especialmente no exterior.
"Choramos a perda de um dirigente excepcionalmente talentoso e de um modelo, cuja visão e valores continuarão servindo de guia para todos os que tiveram a sorte de conhecê-lo", acrescentou a HNA em seu comunicado.
O grupo, casa matriz da companhia aérea chinesa Hainan Airlines, desenvolveu-se rapidamente à base de aquisições.
Nos últimos dois anos, gastou pelo menos 50 bilhões de dólares em investimentos e compras de participações, não isentas de polêmica sobre a opacidade de suas complexas estruturas acionárias.
Assim, entrou no capital de várias companhias aéreas estrangeiras: Azul (Brasil) , Aigle Azur (França), Virgin Australia (Austrália) e TAP (Portugal).
No final de 2017, a HNA anunciou que sua dívida total chegava a 638 bilhões de iuanes (94,8 bilhões de dólares), um aumento de 36% em relação ao final de 2016.