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Companhias brasileiras avaliam impactos do terremoto no Japão

Principais exportadoras brasileiras ainda não sabem dimensionar as consequências que a tragédia no país asiático pode ter em seus negócios

Terremoto no Japão: país avalia as perdas após a tragédia (Getty Images)

Daniela Barbosa

Publicado em 16 de março de 2011 às 17h20.

São Paulo – As principais empresas brasileiras que exportam para o Japão ainda não conseguiram dimensionar o impacto sobre seus negócios do  terremoto que assolou o país, na última sexta-feira (11/3).  Consultadas por EXAME.com, as 15 principais exportadoras afirmaram que é muito cedo para se tirar qualquer conclusão e ainda avaliam a extensão da tragédia japonesa sobre seus números.

Entre as principais companhias exportadoras, algumas têm o Japão como principal destino de suas mercadorias. O braço de mineração da CSN, por exemplo, destina 20% de todo o volume de minério de ferro exportado ao país asiático. No ano passado, a exportação total da companhia somou cerca de 25,5 milhões de toneladas do mineral. Procurada, a siderúrgica afirmou que ainda não possui uma avaliação sólida dos impactos causados pelo terremoto.

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A CSN faz parte do grupo de 15 companhias brasileiras que exportam, por ano, volumes superiores a 50 milhões de dólares ao Japão, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Neste mesmo grupo, está também a Embraer, que, no ano passado, exportou para o Japão dez  jatos 170 e dois jatos 175.

Em nota a EXAME.com, a Embraer afirmou que vê o Japão como  um mercado potencial; mas, neste momento, ainda não fez nenhuma avaliação do impacto da tragédia sofrida pelo país nos seus negócios. “Por enquanto, estamos respeitando e nos solidarizando pelo triste momento vivido pela nação japonesa”, disse.


A Alumínio Brasileiro (Albras), que tem 49% de seu capital em mãos de acionistas japoneses, também não sabe ainda mensurar as conseqüências que o terremoto no Japão terá sobre seus negócios. A companhia é responsável por 10% de todo o alumínio consumido no país asiático e, por isso, não descarta possíveis impactos econômicos no seus negócios.

Dependência

Nem só gigantes do capitalismo brasileiro figuram entre as principais companhias exportadoras para o Japão. A Nova Era Silicon, mineradora mineira, também está entre as 15 maiores e destina quase 60% de toda a sua produção de ferro-silício para o mercado japonês. No ano passado, das 45.000 toneladas do mineral produzidas, 26.000 toneladas foram exportadas para o Japão. A companhia, neste momento, realiza estudos para dimensionar os impactos do terremoto.

Segundo dados do Mdic, no ano passado, o volume exportado para o país asiático superou a cifra de 7,1 bilhões de dólares. Em 2009, as exportações para o Japão somaram pouco mais de 4,2 bilhões de dólares. Ainda é muito cedo para saber se os números tendem a cair ou a crescer com o terremoto.

Conheça as principais exportadoras, segundo o Mdic*:

Vale
Albras
Nacional minérios
BRF – Brasil Foods
Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração
Embraer
Samarco Mineração
Cenibra
Marubeni Colorado
Votorantim Metais Níquel
Nova Era Silicon
Petrobras
Seara
Multigrain
CSN

*O Ministério não disponibiliza valores das exportações de cada companhia.

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