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Como será o varejo no futuro? Olhe para a China, aponta PwC

Consumidores do mundo estão 3 anos atrasados em relação aos chineses na adesão às compras via celular, aponta o estudo

Varejo no Brasil: 33% dos brasileiros dizem que têm o celular como principal ferramenta de compra (Getty Images)

Tatiana Vaz

Publicado em 2 de março de 2016 às 16h34.

São Paulo – A dinâmica e rapidez com que o comportamento dos consumidores vem mudando nos últimos anos tem pressionado as varejistas a mudar na mesma velocidade sem, algumas vezes, saber para onde ir.

Uma pesquisa recente da PwC Brasil mostra alguns caminhos – e o melhor deles está em olhar para a China , do outro lado do mundo.

Em sua sexta edição, o Total Retail entrevistou 22.618 pessoas em 25 países para saber quais são as tendências de consumo, principalmente no que tange meios digitais e precificação.

Constatou que os chineses estão bem mais avançados em relação ao varejo online. Der acordo com o levantamento, 66% deles compram pelo menos uma vez por mês pela web.

O índice é bem superior ao dos brasileiros, de 30%, e da média global, de 28%.

O aumento na confiança de uso do celular por lá também é maior.

Enquanto no Brasil 33% dizem que têm o celular como principal ferramenta de compra, alinhado com a média global, a fatia de chineses com a mesma intenção é de 59%.

Em suma, os consumidores do mundo estão 3 anos atrasados em relação aos chineses na adesão às compras via celular, aponta o estudo.

“Os brasileiros compram mais pela web e via celular hoje, mas ainda priorizam segurança, com transações de valores pequenos”, afirma Ricardo Neves, sócio e líder de varejo e consumo na PwC Brasil.

Tendência real

Movimentos que eram antes apontados como tendências de comportamento de consumo são hoje uma realidade, mostrou o estudo.

Um deles é que as redes sociais são os grandes influenciadores da atualidade.

Para 89% dos brasileiros (contra 64% da média global) a interação deles com o varejista por meio das redes sociais aumenta o valor e o respeito atribuído à marca.

E a confiança é um fator decisório para os consumidores do país, principalmente para os de idade entre 35 e 54 anos.

O peso que se dá à confiança da marca só perde para o atributo preço – 59% das pessoas no país escolhem os fornecedores mais competitivos.

“Por mais que o varejo precise ter uma série de novos atributos, como boa presença em redes sociais, o preço baixo ainda é o que define”, diz Neves.

A pesquisa confirma outra tendência como real: o talento em atender bem as pessoas no varejo finalmente importa.

Isso porque não basta as lojas terem ótimos atendimentos online e serem péssimas no presencial, ou o contrário.

“Ter vendedores bem preparados, ofertas personalizadas e ambiente convidativo faz sim – muita – diferença, bem como criar sinergia entre o espaço físico e online”, afirma o executivo.

No mesmo barco

Os dados também mostram que todos os varejistas estão no mesmo barco e a jornada para se adequar às exigências atuais dos consumidores segue, no mundo todo, sem um líder corporativo real.

A Amazon , varejista líder em inovação, detém uma fatia de mercado relativamente pequena de até 16%.

“É como se todas as empresas estivessem em um mesmo ponto, o que dá lugar para que surja uma nova referência no setor ”, comenta Neves.

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São Paulo – A dinâmica e rapidez com que o comportamento dos consumidores vem mudando nos últimos anos tem pressionado as varejistas a mudar na mesma velocidade sem, algumas vezes, saber para onde ir.

Uma pesquisa recente da PwC Brasil mostra alguns caminhos – e o melhor deles está em olhar para a China , do outro lado do mundo.

Em sua sexta edição, o Total Retail entrevistou 22.618 pessoas em 25 países para saber quais são as tendências de consumo, principalmente no que tange meios digitais e precificação.

Constatou que os chineses estão bem mais avançados em relação ao varejo online. Der acordo com o levantamento, 66% deles compram pelo menos uma vez por mês pela web.

O índice é bem superior ao dos brasileiros, de 30%, e da média global, de 28%.

O aumento na confiança de uso do celular por lá também é maior.

Enquanto no Brasil 33% dizem que têm o celular como principal ferramenta de compra, alinhado com a média global, a fatia de chineses com a mesma intenção é de 59%.

Em suma, os consumidores do mundo estão 3 anos atrasados em relação aos chineses na adesão às compras via celular, aponta o estudo.

“Os brasileiros compram mais pela web e via celular hoje, mas ainda priorizam segurança, com transações de valores pequenos”, afirma Ricardo Neves, sócio e líder de varejo e consumo na PwC Brasil.

Tendência real

Movimentos que eram antes apontados como tendências de comportamento de consumo são hoje uma realidade, mostrou o estudo.

Um deles é que as redes sociais são os grandes influenciadores da atualidade.

Para 89% dos brasileiros (contra 64% da média global) a interação deles com o varejista por meio das redes sociais aumenta o valor e o respeito atribuído à marca.

E a confiança é um fator decisório para os consumidores do país, principalmente para os de idade entre 35 e 54 anos.

O peso que se dá à confiança da marca só perde para o atributo preço – 59% das pessoas no país escolhem os fornecedores mais competitivos.

“Por mais que o varejo precise ter uma série de novos atributos, como boa presença em redes sociais, o preço baixo ainda é o que define”, diz Neves.

A pesquisa confirma outra tendência como real: o talento em atender bem as pessoas no varejo finalmente importa.

Isso porque não basta as lojas terem ótimos atendimentos online e serem péssimas no presencial, ou o contrário.

“Ter vendedores bem preparados, ofertas personalizadas e ambiente convidativo faz sim – muita – diferença, bem como criar sinergia entre o espaço físico e online”, afirma o executivo.

No mesmo barco

Os dados também mostram que todos os varejistas estão no mesmo barco e a jornada para se adequar às exigências atuais dos consumidores segue, no mundo todo, sem um líder corporativo real.

A Amazon , varejista líder em inovação, detém uma fatia de mercado relativamente pequena de até 16%.

“É como se todas as empresas estivessem em um mesmo ponto, o que dá lugar para que surja uma nova referência no setor ”, comenta Neves.

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