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Com reestruturação, Enéas Pestana assume JBS América do Sul

A empresa fica agora dividida em quatro plataformas: América do Sul, América do Norte, Europa e Ásia Pacífico

Enéas Pestana: executivo deixou comando da Máquina de vendas há pouco mais de um mês (Germano Luders/Exame)

Luísa Melo

Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 13h17.

São Paulo - A JBS anunciou nesta quarta-feira (17) uma mudança em sua estrutura de gestão regional. A empresa agora terá uma plataforma para a América do Sul, que será presidida por Enéas Pestana.

O executivo tem larga experiência no varejo. Ele comandou por dez anos o Grupo Pão de Açúcar e deixou há pouco mais de um mês a batuta da Máquina de Vendas.

Miguel Gularte, que liderava o frigorífico no Mercosul, passa a responder a Pestana.

Wesley Batista continua como presidente global da companhia, assim como as unidades América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico seguem com os atuais gestores.

"Nos tornamos uma empresa global com atuação em vários segmentos e regiões. Esse movimento está super em linha com nossa estratégia de ampliar presença nos mercados em que estamos, nossas marcas e produtos de valor agregado, e também de suportar a internacionalização que a companhia fez ao longo dos anos", disse Batista em conferência telefônica com jornalistas.

Outros reforços

A JBS também contratou o canadense Russ Colaco para dirigir a recém-criada área de estratégia e desenvolvimento corporativo.

Colaco foi diretor no banco de investimento Morgan Stanley por nove anos e, no cargo, atuou em projetos com o frigorífico.

A empresa divulgou ainda que abrirá um escritório regional em Nova York, que servirá como base de apoio.

Questionado sobre se a inauguração poderia sinalizar a intenção de se lançar em bolsa nos Estados Unidos, Batista negou. "Não estamos olhando para a abertura de capital em nenhuma subsidiária", cravou.

Namoro antigo

Pestana já prestava consultoria para a JBS e estava há cerca um ano e meio no conselho da divisão JBS Foods (Seara).

Como consultor, sua atuação na empresa não era direcionada a projetos, mas a "discussões estratégicas com análises de segmento", segundo ele.

Batista rejeitou qualquer relação entre o convite para que Pestana assumisse a operação e os rumores de que a JBS estaria estudando comprar sua antiga casa, o Pão de Açúcar, ou a Natura.

"Foi uma notícia completamente infundada, sem nenhuma base. Não há ligação nenhuma. O convite (a Pestana) foi feito há muito tempo, o namoro vem de longa data", afirmou.

Executivo de vez

Ao assumir a JBS América do Sul, Enéas Pestana se afasta das atividades na consultoria que leva seu nome.

Quando devolveu a presidência da Máquina de Vendas a Ricardo Nunes, o executivo, que ficou no cargo por apenas cinco meses, deveria migrar para o conselho consultivo da varejista. Os planos agora são um pouco diferentes.

"O conselho consultivo está sendo montado. Mas o time da consultoria (Enéas Pestana) está lá, o trabalho está indo bem. Ainda posso aconselhá-los de fora, até mesmo pela amizade que tenho com o Luiz (Carlos Batista, um dos sócios da Máquina de Vendas)", afirmou.

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São Paulo - A JBS anunciou nesta quarta-feira (17) uma mudança em sua estrutura de gestão regional. A empresa agora terá uma plataforma para a América do Sul, que será presidida por Enéas Pestana.

O executivo tem larga experiência no varejo. Ele comandou por dez anos o Grupo Pão de Açúcar e deixou há pouco mais de um mês a batuta da Máquina de Vendas.

Miguel Gularte, que liderava o frigorífico no Mercosul, passa a responder a Pestana.

Wesley Batista continua como presidente global da companhia, assim como as unidades América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico seguem com os atuais gestores.

"Nos tornamos uma empresa global com atuação em vários segmentos e regiões. Esse movimento está super em linha com nossa estratégia de ampliar presença nos mercados em que estamos, nossas marcas e produtos de valor agregado, e também de suportar a internacionalização que a companhia fez ao longo dos anos", disse Batista em conferência telefônica com jornalistas.

Outros reforços

A JBS também contratou o canadense Russ Colaco para dirigir a recém-criada área de estratégia e desenvolvimento corporativo.

Colaco foi diretor no banco de investimento Morgan Stanley por nove anos e, no cargo, atuou em projetos com o frigorífico.

A empresa divulgou ainda que abrirá um escritório regional em Nova York, que servirá como base de apoio.

Questionado sobre se a inauguração poderia sinalizar a intenção de se lançar em bolsa nos Estados Unidos, Batista negou. "Não estamos olhando para a abertura de capital em nenhuma subsidiária", cravou.

Namoro antigo

Pestana já prestava consultoria para a JBS e estava há cerca um ano e meio no conselho da divisão JBS Foods (Seara).

Como consultor, sua atuação na empresa não era direcionada a projetos, mas a "discussões estratégicas com análises de segmento", segundo ele.

Batista rejeitou qualquer relação entre o convite para que Pestana assumisse a operação e os rumores de que a JBS estaria estudando comprar sua antiga casa, o Pão de Açúcar, ou a Natura.

"Foi uma notícia completamente infundada, sem nenhuma base. Não há ligação nenhuma. O convite (a Pestana) foi feito há muito tempo, o namoro vem de longa data", afirmou.

Executivo de vez

Ao assumir a JBS América do Sul, Enéas Pestana se afasta das atividades na consultoria que leva seu nome.

Quando devolveu a presidência da Máquina de Vendas a Ricardo Nunes, o executivo, que ficou no cargo por apenas cinco meses, deveria migrar para o conselho consultivo da varejista. Os planos agora são um pouco diferentes.

"O conselho consultivo está sendo montado. Mas o time da consultoria (Enéas Pestana) está lá, o trabalho está indo bem. Ainda posso aconselhá-los de fora, até mesmo pela amizade que tenho com o Luiz (Carlos Batista, um dos sócios da Máquina de Vendas)", afirmou.

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