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Com queda de 33% no lucro, Cielo termina 2º tri abaixo das previsões

Em meio à guerra das maquininhas, empresa registrou lucro líquido de R$ 431,2 milhões no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior

Cielo: empresa é uma das integrantes da "guerra das maquininhas" (Paulo Fridman/Bloomberg)

Cielo: empresa é uma das integrantes da "guerra das maquininhas" (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 23 de julho de 2019 às 19h22.

Última atualização em 23 de julho de 2019 às 20h01.

São Paulo — A Cielo, líder em meios eletrônicos de pagamentos no Brasil, anunciou nesta terça-feira, 23, que teve lucro líquido de 431,2 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 33,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando registrou um resultado de R$ 646 milhões. Ante o trimestre anterior, o valor caiu 21,4%.

O número também veio abaixo da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de 492 milhões de reais.

Já o resultado da companhia medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), somou 748,7 milhões de reais, recuo de 34,7% no comparativo anual e também menor do que a previsão dos analistas, de 901,5 milhões de reais. Na comparação com os três meses anteriores, o recuo foi menor, de 8,8%.

Já a receita operacional líquida da número um das maquininhas somou R$ 2,799 bilhões de abril a junho, recuo de 4,4% em um ano, quando estava em R$ 2,927 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, porém, subiu 0,9%.

Apesar de entregar resultados menores em meio à baixa atividade econômica e pressão da concorrência, a Cielo destaca, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que trabalha com uma perspectiva de ambiente favorável para o crescimento do setor de cartões no Brasil.

Sustentam essa visão, conforme a companhia, a retomada da atividade do varejo no primeiro semestre de 2019, ainda que abaixo da esperada, o aumento da confiança do consumidor, a estabilização nos níveis da taxa de juros e da inflação e a baixa penetração de pagamento com cartões no consumo das famílias.

Nesse contexto, a Cielo ressalta o crescimento do volume capturado de 9% no segundo trimestre ante igual período do ano passado. Essa é a maior taxa de crescimento desde 2017, segundo a companhia.

"Os resultados são os primeiros sinais de que a Cielo entra novamente no trilho do crescimento e da manutenção da liderança no setor de meios de pagamento no Brasil e na América Latina", avalia a Cielo, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

A companhia destaca ainda o incremento da base ativa de clientes. No segundo trimestre, houve expansão de 14% na comparação com um ano antes e de 5% quando comparada com o primeiro trimestre deste ano. Como consequência, a Cielo alcançou a marca de 1,4 milhão de clientes.

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