O crescimento repentino em mercados emergentes foi decisivo para o aumento dos lucros da Coca-Cola em 14% no terceiro trimestre de 2006, mesmo com o fraco crescimento em países desenvolvidos. O Brasil, a Rússia e a China estão entre os mercados mais fortes e a Europa tem registrado melhora. As vendas no Japão mantiveram-se estáveis após meses de declínio e, nos Estados Unidos, tiveram queda de 1%.

O resultado reforça a confiança do investidor na performance sustentável do presidente Neville Isdell. O anúncio vem em meio a especulações de que o diretor das operações internacionas da Coca, Muhtar Kent, vai ser promovido para chefe de operações em breve, em posição de suceder em breve o presidente Neville Isdell. Segundo uma fonte próxima ao assunto, o futuro de Kent será discutido nesta sexta-feira (20/10).

A Coca-Cola tem correspondido e até extrapolado as expectativas de Wall Street em todos os trimestres dos últimos dois anos. Os lucros foram de 1,46 bilhão de dólares, ou 62 centavos de dólar por ação, ultrapassando a previsão 59 centavos de dólar, feita pelos analistas.

De acordo com o jornal britânico Financial Times, isso mostra o sucesso de Isdell em recuperar a estabilidade da empresa. Sob sua liderança, a companhia aumentou seu portfólio de bebidas e se voltou para o crescimento em mercados emergentes para contrabalançar o declínio das vendas de refrigerante em países desenvolvidos. Ainda estão nos planos da Coca-Cola o lançamento de mais dois novos produtos.