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Casino e Carrefour travam disputa intensa pelo controle do Pão de Açúcar

Para o Casino, 'o Carrefour e seus administradores assumem risco ao aceitar uma operação iniciada de maneira hostil e realizada como com negociações ilegais'

O Carrefour se pronunciou em favor do projeto de fusão, mas a concretização de seus planos esbarra na autorização da CBD (Jean-Philippe Ksiazek/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2011 às 12h43.

Paris - Os dois grandes rivais do varejo francês, Carrefour e Casino, estão travando uma disputa acirrada pelo controle do número um do varejo no Brasil, mas a posição do primeiro foi enfraquecida pela mudança de posição dos poderes públicos brasileiros.

O conselho de administração do Carrefour se pronunciou nesta segunda-feira em favor do projeto de fusão recentemente anunciado com o CBD Pão de Açúcar, anunciou o grupo em um comunicado, mas a concretização de seus planos esbarra em um grande obstáculo: a aproximação precisa receber a autorização da CBD.

O inimigo declarado do Casino, grande acionista do CBD, não está disposto a perder um de seus investimentos mais promissores.

Ele já reagiu aos projetos do Carrefour, aumentando a sua participação no CBD em 6,2%. Ele detém agora 43,1% de seu capital, direta e indiretamente por meio de uma holding comum com a família Diniz, que aceitou sem ambiguidade a oferta do Carrefour.

O projeto no centro da disputa prevê a fusão dos ativos brasileiros do Carrefour com os do CBD, para fazer nascer uma sociedade comum detentora de uma posição central no mercado brasileiro.

A operação permitiria iniciar sinergias estimadas entre 600 e 800 milhões de euros por ano, segundo o Carrefour. A nova empresa teria um uma receita pro-forma de 30 bilhões de euros em 2011.


O Carrefour poderá também aumentar "significativamente sua exposição a mercados em crescimento, o que representaria mais de 40% de suas vendas consolidadas previstas para 2013", indicou seu conselho de administração.

Entretanto, "a decisão do conselho de administração do Carrefour está condicionada à aprovação pelo CBD da proposta recebida" e "à aprovação final do conselho de administração do BNDES", que deve financiar a operação, indicou.

O calendário do anúncio "pode surpreender", afirma Christian Devismes, do Crédit Mutuel-CIC.

Segundo o jornal econômico francês Les Echos, que cita a imprensa brasileira, o BNDES quer obter um consenso sobre o projeto.

O presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, veio nesta segunda-feira ao Brasil, onde deve se reunir com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, indicou uma fonte ligada ao caso.

Para o Casino, "o Carrefour e seus administradores assumem risco ao aceitar, apesar das advertências, uma operação iniciada de maneira hostil e realizada como com negociações ilegais".

O Casino lançou na Câmara de Comércio Internacional (CCI) um segundo procedimento arbitral contra seu parceiro Diniz, para que respeite o pacto de acionistas que rege a administração do CBD desde 2006.

O Casino já havia apresentado no final de maio um primeiro procedimento contra a família Diniz para que o pacto seja respeitado, quando o projeto de aliança entre CBD e Carrefour era apenas um rumor.

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O inimigo declarado do Casino, grande acionista do CBD, não está disposto a perder um de seus investimentos mais promissores.

Ele já reagiu aos projetos do Carrefour, aumentando a sua participação no CBD em 6,2%. Ele detém agora 43,1% de seu capital, direta e indiretamente por meio de uma holding comum com a família Diniz, que aceitou sem ambiguidade a oferta do Carrefour.

O projeto no centro da disputa prevê a fusão dos ativos brasileiros do Carrefour com os do CBD, para fazer nascer uma sociedade comum detentora de uma posição central no mercado brasileiro.

A operação permitiria iniciar sinergias estimadas entre 600 e 800 milhões de euros por ano, segundo o Carrefour. A nova empresa teria um uma receita pro-forma de 30 bilhões de euros em 2011.


O Carrefour poderá também aumentar "significativamente sua exposição a mercados em crescimento, o que representaria mais de 40% de suas vendas consolidadas previstas para 2013", indicou seu conselho de administração.

Entretanto, "a decisão do conselho de administração do Carrefour está condicionada à aprovação pelo CBD da proposta recebida" e "à aprovação final do conselho de administração do BNDES", que deve financiar a operação, indicou.

O calendário do anúncio "pode surpreender", afirma Christian Devismes, do Crédit Mutuel-CIC.

Segundo o jornal econômico francês Les Echos, que cita a imprensa brasileira, o BNDES quer obter um consenso sobre o projeto.

O presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, veio nesta segunda-feira ao Brasil, onde deve se reunir com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, indicou uma fonte ligada ao caso.

Para o Casino, "o Carrefour e seus administradores assumem risco ao aceitar, apesar das advertências, uma operação iniciada de maneira hostil e realizada como com negociações ilegais".

O Casino lançou na Câmara de Comércio Internacional (CCI) um segundo procedimento arbitral contra seu parceiro Diniz, para que respeite o pacto de acionistas que rege a administração do CBD desde 2006.

O Casino já havia apresentado no final de maio um primeiro procedimento contra a família Diniz para que o pacto seja respeitado, quando o projeto de aliança entre CBD e Carrefour era apenas um rumor.

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