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Caoa Chery quer chegar ao grupo das 10 maiores montadoras do país até 2023

A marca chinesa não esconde a meta de alcançar a elite do mercado brasileiro, mas o caminho deve ser desafiador

SUV da Caoa Chery: aposta em modelos de alto valor agregado (Caoa Chery/Divulgação)
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Juliana Estigarribia

Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 13h25.

Enquanto a indústria automotiva busca se reerguer do forte tombo sofrido neste ano, as montadoras se preparam para atingir as metas traçadas antes da pandemia. No caso da Caoa Chery, o plano é atingir o seleto grupo das 10 maiores montadoras do país no início de 2023, mas até lá, o caminho deve ser repleto de desafios.

"O crescimento vem acontecendo e não escondemos a meta de chegar ao ranking das 10 maiores marcas do país", disse Marcio Alfonso, presidente da Caoa Chery, a jornalistas nesta terça-feira, 08.

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A marca deve encerrar o ano com cerca de 1,04% de market share em automóveis. Hoje, a Caoa Chery figura no 11º lugar no ranking de mais vendidos do país. Em 2017, sua posição era a 21ª.

A projeção da companhia é encerrar 2020 com cerca de 20.200 unidades vendidas e, para 2021, aproximadamente 34.000. "Parece pouco, mas já retornamos aos níveis pré-covid", diz Alfonso.

Para atingir sua meta, a montadora terá que superar os obstáculos impostos pela pandemia, como queda da renda no país, desemprego e falta de confiança do consumidor.

Além disso, a rede de concessionárias acabou ficando extremamente fragilizada nesse processo. No entanto, Alfonso afirma que a Caoa Chery vai encerrar o ano com 115 pontos de venda e, para 2021, a estimativa é elevar esse número para 150.

A meta para ano que vem é elevar a participação para 1,5%. "Podemos até superar essa marca."

A expansão do portfólio com foco em modelos de maior valor agregado tem ajudado no bom desempenho da companhia em 2020. A "melhora na percepção da marca", segundo o executivo, também tem sido um fator decisivo.

Hoje, a Caoa Chery tem alguns modelos produzidos localmente, como o SUV Tiggo 2 e o sedã Arrizo 5, montados na fábrica de Jacareí, interior de São Paulo, e os utilitários esportivos Tiggo 5X e Tiggo7, fabricados na unidade de Anápolis, Goiás (que é da Caoa, mas tem produção do selo Chery). O sedã Arrizo 6 também é montado na fábrica paulista e, o novo Tiggo 8, na unidade goiana.

"Temos um plano para manter o ritmo de crescimento, amparado na ampliação da rede, em produtos e sobretudo na eficiência do serviço. O potencial da marca é muito grande", garante.

 

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