British Airways tem prejuízo recorde, mas mira equilíbrio financeiro
Recessão, disputas industriais e inverno rigoroso fizeram a companhia perder 531 milhões de libras
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
Londres - A British Airways divulgou nesta sexta-feira um prejuízo recorde de 531 milhões de libras no ano, afetada pela recessão, disputas industriais e inverno rigoroso, embora sua ambiciosa projeção de equilíbrio financeiro em 2011 possa ser afetada por mais greves.
O prejuízo, o maior da companhia aérea desde que foi privatizada em 1987, foi menor que a perda de 590 milhões de libras (846 milhões de dólares) prevista por analistas.
A BA afirmou que sua receita para o ano encerrado em março caiu 11 por cento, para 7,9 milhões de libras, compensada por uma redução de custos de 1 bilhão de libras, com previsão de retorno ao equilíbrio financeiro em 2011, conforme a queda no número de viagens se recupera da recessão global.
"Acreditamos que podemos chegar ao break even antes de impostos no próximo ano", disse o presidente-executivo Willie Walsh a repórteres durante teleconferência. "O tráfego premium de longo percurso se recuperou e as reduções no tráfego de curta distância foram flexibilizadas. As condições de mercado estão mostrando melhora ante os níveis da crise 2009/10."
As ações da BA, que caíram 17 por cento no mês passado, perdiam 0,8 por cento. Os resultados foram afetados pela greve dos funcionários em março, que já custa à companhia 43 milhões de libras e deve ser mantida na próxima semana, mas não incluem o impacto de 100 milhões de libras decorrente da erupção repentina de um vulcão islandês no mês passado.
"Admiro o otimismo BA, mas mesmo se você ignorar as greves, cinza vulcânica e o estado da economia, não estou tão confiante de que a ligeira melhora que vimos vai resultar em equilíbrio ou que o mercado está em alta", disse Howard Wheeldon, estrategista sênior do BGC Partners.
"Eu acho que estamos em um período longo de estabilidade na melhor das hipóteses". A BA disse que sua fusão com a espanhola Iberia, que deverá gerar 400 milhões de euros (496,6 milhões dólares) por ano em economia de custos, será concluída até o final de 2010.
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