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BRF diz que vai rever planejamento de produção após decisão da UE

Alegando não ter sido oficialmente informada sobre a decisão, a BRF diz que não tem como afirmar quais unidades foram afetadas pela suspensão

BRF: decisão, acrescenta a companhia, evidencia uma barreira comercial, que não impacta apenas a empresa, mas a balança comercial brasileira (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de abril de 2018 às 19h55.

Última atualização em 19 de abril de 2018 às 21h03.

A BRF diz que a decisão da Comissão Europeia de suspender a importação de carne de frango de unidades da companhia no Brasil não foi baseada em questões sanitárias, "mas pautada em motivações políticas e de proteção de seu mercado local".

"Tal decisão não foi precedida por uma investigação dos fatos por parte das autoridades europeias, e a BRF não teve a chance de ser ouvida", disse em comunicado distribuído nesta noite de quinta-feira, 19. Alegando não ter sido oficialmente informada sobre a decisão, a BRF diz que não tem como afirmar quais unidades foram afetadas pela suspensão.

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A companhia afirma que iniciará a revisão de seu planejamento de produção, que já considera o regime de férias coletivas em quatro de suas unidades: Capinzal (SC), Rio Verde (GO), Carambeí (PR) e Toledo (PR). "Ainda é prematuro prever o impacto dessa revisão, dada a complexidade da cadeia produtiva na qual a BRF está inserida", diz a empresa.

A decisão, acrescenta a BRF na nota, evidencia uma barreira comercial, que não impacta apenas a BRF, mas a balança comercial brasileira. Diz que vai procurar seus direitos perante os órgãos responsáveis europeus e que dará suporte às ações do governo brasileiro na Organização Mundial do Comércio (OMC).

"A BRF, ao longo dos seus mais de 80 anos, vem sempre aprimorando suas práticas de qualidade, segurança alimentar, controles e gestão de seus processos. Temos orgulho de nossa história e acreditamos que esta é uma jornada contínua na qual sempre haverá espaço para melhorias e evolução", afirma no comunicado.

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