BRF limita previsão de impacto de restrições pela Arábia Saudita a R$45 mi
A companhia disse que as restrições envolvem apenas uma fábrica da empresa, em Lajeado (RS) e estimou que a perda de receita será no período de três meses
Reuters
Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 10h33.
Última atualização em 23 de janeiro de 2019 às 11h25.
São Paulo - A BRF afirmou nesta terça-feira que o impacto das restrições de importação decididas pela Arábia Saudita na véspera será limitado e que deverá retomar o ritmo anterior de exportações para o país em no máximo três meses.
A companhia disse que as restrições sauditas envolvem apenas uma fábrica da empresa, em Lajeado (RS) e estimou que a perda de receita líquida será de no máximo 45 milhões de reais no período de três meses.
Na terça-feira, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que cinco fábricas de carne de frango do Brasil foram desabilitadas a exportar para a Arábia Saudita, maior importador do produto brasileiro, por razões técnicas, e que 25 unidades continuavam autorizadas a realizar embarques.
A notícia fez as ações da BRF fecharam em queda de 5 por cento.
A BRF afirmou que após a decisão da Arábia Saudita passou a ter oito fábricas habilitadas a exportar no grupo de 25 do país e que as unidades da companhia são suficientes para atender a demanda saudita.
"O impacto efetivo dessa medida para a BRF se restringe às exportações da planta de Lajeado, que vinha operando com um volume de aproximadamente 6,5 mil toneladas/mês de exportação para a Arábia Saudita", afirmou a BRF.
"A companhia já iniciou os ajustes necessários em sua cadeia produtiva e estima que, em no máximo 3 meses, retomará o mesmo patamar de embarques para a Arábia Saudita", acrescentou.
A perda estimada de receita no período é equivalente a 0,1 por cento do faturamento líquido da companhia nos 12 meses encerrados em setembro.