Negócios

Braskem aposta em recuperação a partir do segundo tri

Empresa afirma que no ano passado foi prejudicada, assim como todo o setor, pelo aumento das importações e a chamada "guerra dos portos"

A partir de abril os volumes do setor petroquímico devem mostrar recuperação, afetando, por consequência, o market share da Braskem (Germano Lüders/EXAME)

A partir de abril os volumes do setor petroquímico devem mostrar recuperação, afetando, por consequência, o market share da Braskem (Germano Lüders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2012 às 13h10.

São Paulo - O primeiro trimestre de 2012 ainda deverá mostrar algumas dificuldades para a Braskem, mas a partir do segundo trimestre a companhia, maior petroquímica das Américas, vê alguma recuperação do cenário econômico, o que irá beneficiá-la.

A partir de abril os volumes do setor petroquímico devem mostrar recuperação, afetando, por consequência, o market share da Braskem, segundo o presidente Carlos Fadigas.

"Temos a recuperação do spread, que começou lenta mas que está indo na direção certa. Quando entramos em abril, ainda que tenhamos vindo de um ponto baixo em janeiro, temos um spread maior em cima de um volume maior, em cima de um market share maior", disse o executivo nesta quinta-feira em teleconferência com analistas sobre os resultados do quarto trimestre.

Ainda de acordo com Fadigas, o ano de 2012 deverá se mostrar superior a 2011 também por conta da ausência de paradas programadas -no ano passado foram três. Além disso, no primeiro trimestre de 2011 a central de matérias-primas de Camaçari (BA) foi afetada por um apagão de energia elétrica que atingiu grande parte do Nordeste.

"Então quando juntamos esses fatores eu sou mais otimista, mas boa parte destes fatores começa a valer de abril em diante, começa a valer gradualmente no ano, e portanto o primeiro semestre ainda fica com um cenário de desafio", afirmou Fadigas.

A Braskem afirma que no ano passado foi prejudicada, assim como todo o setor, pelo aumento das importações e a chamada "guerra dos portos", em que os estados reduzem a cobrança de ICMS para cargas que chegam em seus respectivos portos e desta, forma, elevam a competitividade dos produtos vindos de outros países.

Acredita-se, contudo, que a situação possa ser regularizada entre abril e maio deste ano.

Apesar dos desafios apresentados, o presidente da Braskem afirmou que continua "otimista com o futuro da petroquímica brasileira", com um mercado doméstico bastante forte.

"Em 2013 já melhora o ciclo... a expectativa de todas as petroquímicas é de recuperação de margem", completou.

Na manhã de quarta-feira, a Braskem informou que teve prejuízo líquido de 201 milhões de reais no quarto trimestre, ante lucro de 356 milhões obtido no mesmo período do ano anterior, em meio a um menor volume de vendas e aumento de custos com matérias-primas.

Acompanhe tudo sobre:BalançosBraskemEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasQuímica e petroquímica

Mais de Negócios

OPINIÃO: Na lama da tragédia, qual política devemos construir?

Conheça a Rota das Artes, o novo roteiro turístico de Minas Gerais

Fabricio Bloisi deixa operação do iFood para assumir comando de grupo de investimentos Prosus

Conheça a CEO que nunca descansa, nem cobra salário – isso porque ela é uma inteligência artificial

Mais na Exame