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Brasileiros já trocam Disney por Beto Carrero

Administração espera fechar 2015 com público de 2 milhões de pessoas; meta é faturar 180 milhões de reais neste ano

Beto Carrero World: meta é faturar 180 milhões de reais neste ano (Andreia Bohner/Flickr/Creative Commons/Flickr)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2015 às 12h15.

Penha (SC) - Com apenas cinco anos de idade, Sara já conhece o Castelo da Cinderela, já tirou foto com o Mickey, viu o Pateta e se encantou com a Pequena Sereia nos parques da Disney .

Ao todo, esteve em Orlando três vezes com a mãe Karin Beyasdorf, de 35 anos, que aproveitava as viagens aos Estados Unidos para voltar com a mala cheia de novidades tecnológicas. "Mas com o dólar do jeito que está, não dá para comprar nem uma orelhinha do Mickey", disse a gerente administrativa, que vive com a filha em São Paulo.

Na sexta-feira, 25, Sara foi apresentada à "nova Disney" - pelo menos até a moeda brasileira voltar a se valorizar em relação ao dólar . Mãe e filha passaram o dia no Beto Carrero World, o maior parque temático da América Latina, no município de Penha, a 120 km de Florianópolis.

Com o dólar rondando a casa dos R$ 4, a administração do parque já faz planos de ultrapassar em 2015, pela primeira vez, a marca de 2 milhões de visitantes.

"O câmbio no patamar que está nos beneficia, porque nos incumbe da obrigação de sermos uma alternativa para quem ia viajar para os parques da Disney", diz Rogério Siqueira, diretor presidente do Beto Carrero.

Ainda que os brasileiros estejam cortando o que dá para fechar a conta no fim do mês, o executivo acredita que o parque não vai entrar nessa lista de ajuste fiscal. Ao contrário. Ele espera um aumento de 22% no fluxo de visitantes, com o incremento de quem trocou a viagem para o exterior por um roteiro doméstico. A meta do parque é faturar R$ 180 milhões neste ano.

Desde março, Siqueira e outros três diretores contratados pela mulher e pelo filho do fundador Beto Carrero para conduzir os negócios do parque começaram uma força-tarefa para atrair visitantes. Além da classe média que deixou de ir para Orlando, eles passaram a buscar brasileiros do interior de São Paulo, de Minas e do Nordeste, regiões que respondem por menos de 20% dos visitantes.

Também fecharam parceria com empresas de ônibus para não depender apenas da limitada oferta de voos nos aeroportos de Florianópolis e de Navegantes. "O resultado vimos em julho, com aumento de 37% no número de visitantes em relação a 2014", diz Siqueira.

Na maior agência de viagens do País, a CVC, os destinos Disney e Beto Carrero passam por momentos distintos. Apesar das promoções que chegam a oferecer passagens aéreas a R$ 1 mil para os EUA, o número de passageiros que embarcou para Orlando no primeiro semestre cresceu 9% em relação ao ano passado.

A procura continua aumentando, mas num ritmo bem menor. Na comparação de 2014 com 2013, por exemplo, o crescimento foi de 33%. Segundo a CVC, os brasileiros que não abrem mão de ir para a Disney neste momento estão adaptando a viagem com um roteiro menor e sem alguns parques.

Já para o Sul do País e arredores do Beto Carrero World a demanda só aumenta. Segundo a agência, o número de passageiros embarcados para Balneário Camboriú, principal destino de quem vai ao parque, saltou 40% no primeiro semestre deste ano. "Estamos trabalhando fortemente roteiros para famílias e esse é um dos mais procurados", diz Cleyton Armelin, diretor de produtos nacionais da CVC.

Para a alta temporada, a operadora oferece pacotes de três noites, com hospedagem e ingresso para um dia no Beto Carrero por R$ 948 para dois adultos e uma criança. Com aéreo e traslados, sai por R$ 2,6 mil.

Mas há opções para quem quiser estender o passeio para Blumenau ou para Florianópolis, por exemplo. Foi o que fez um casal de médicos do Rio que juntou umas folgas para descansar em Santa Catarina e levar as filhas trigêmeas, de 4 anos, para conhecer o Beto Carrero.

Lucas Arantes Braz, de 37 anos, e a mulher Juliana, de 34, estiveram com as meninas na Disney em maio do ano passado, e o projeto era voltar no fim deste ano. "Mas com a alta do dólar, isso não seria inteligente", diz Braz. "Eu expliquei para elas que Beto Carrero não perde em nada para a Disney. Tem a mesma aura de encantamento e diversão".

Com 1,2 mil funcionários, o parque ocupa 20% de uma área total de 14 milhões de metros quadrados. Há quatro anos, por iniciativa de Alex Murad, filho de Beto Carrero (falecido em 2008), e presidente do conselho de administração da empresa que administra o complexo, o parque fechou uma parceria com dois dos maiores estúdios de cinema e animação do mundo, o Universal Studios e o Dreamworks Animation.

Por dois anos seguidos, o parque figura na lista dos melhores do mundo pelo site de viagens Trip Advisor. "Só precisamos comunicar melhor essa informação e acabar com o preconceito que ainda existe", diz Jorge Santos, diretor comercial do parque. "Nosso sonho é o mesmo do fundador: fazer do Beto Carrero a Disney brasileira." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Penha (SC) - Com apenas cinco anos de idade, Sara já conhece o Castelo da Cinderela, já tirou foto com o Mickey, viu o Pateta e se encantou com a Pequena Sereia nos parques da Disney .

Ao todo, esteve em Orlando três vezes com a mãe Karin Beyasdorf, de 35 anos, que aproveitava as viagens aos Estados Unidos para voltar com a mala cheia de novidades tecnológicas. "Mas com o dólar do jeito que está, não dá para comprar nem uma orelhinha do Mickey", disse a gerente administrativa, que vive com a filha em São Paulo.

Na sexta-feira, 25, Sara foi apresentada à "nova Disney" - pelo menos até a moeda brasileira voltar a se valorizar em relação ao dólar . Mãe e filha passaram o dia no Beto Carrero World, o maior parque temático da América Latina, no município de Penha, a 120 km de Florianópolis.

Com o dólar rondando a casa dos R$ 4, a administração do parque já faz planos de ultrapassar em 2015, pela primeira vez, a marca de 2 milhões de visitantes.

"O câmbio no patamar que está nos beneficia, porque nos incumbe da obrigação de sermos uma alternativa para quem ia viajar para os parques da Disney", diz Rogério Siqueira, diretor presidente do Beto Carrero.

Ainda que os brasileiros estejam cortando o que dá para fechar a conta no fim do mês, o executivo acredita que o parque não vai entrar nessa lista de ajuste fiscal. Ao contrário. Ele espera um aumento de 22% no fluxo de visitantes, com o incremento de quem trocou a viagem para o exterior por um roteiro doméstico. A meta do parque é faturar R$ 180 milhões neste ano.

Desde março, Siqueira e outros três diretores contratados pela mulher e pelo filho do fundador Beto Carrero para conduzir os negócios do parque começaram uma força-tarefa para atrair visitantes. Além da classe média que deixou de ir para Orlando, eles passaram a buscar brasileiros do interior de São Paulo, de Minas e do Nordeste, regiões que respondem por menos de 20% dos visitantes.

Também fecharam parceria com empresas de ônibus para não depender apenas da limitada oferta de voos nos aeroportos de Florianópolis e de Navegantes. "O resultado vimos em julho, com aumento de 37% no número de visitantes em relação a 2014", diz Siqueira.

Na maior agência de viagens do País, a CVC, os destinos Disney e Beto Carrero passam por momentos distintos. Apesar das promoções que chegam a oferecer passagens aéreas a R$ 1 mil para os EUA, o número de passageiros que embarcou para Orlando no primeiro semestre cresceu 9% em relação ao ano passado.

A procura continua aumentando, mas num ritmo bem menor. Na comparação de 2014 com 2013, por exemplo, o crescimento foi de 33%. Segundo a CVC, os brasileiros que não abrem mão de ir para a Disney neste momento estão adaptando a viagem com um roteiro menor e sem alguns parques.

Já para o Sul do País e arredores do Beto Carrero World a demanda só aumenta. Segundo a agência, o número de passageiros embarcados para Balneário Camboriú, principal destino de quem vai ao parque, saltou 40% no primeiro semestre deste ano. "Estamos trabalhando fortemente roteiros para famílias e esse é um dos mais procurados", diz Cleyton Armelin, diretor de produtos nacionais da CVC.

Para a alta temporada, a operadora oferece pacotes de três noites, com hospedagem e ingresso para um dia no Beto Carrero por R$ 948 para dois adultos e uma criança. Com aéreo e traslados, sai por R$ 2,6 mil.

Mas há opções para quem quiser estender o passeio para Blumenau ou para Florianópolis, por exemplo. Foi o que fez um casal de médicos do Rio que juntou umas folgas para descansar em Santa Catarina e levar as filhas trigêmeas, de 4 anos, para conhecer o Beto Carrero.

Lucas Arantes Braz, de 37 anos, e a mulher Juliana, de 34, estiveram com as meninas na Disney em maio do ano passado, e o projeto era voltar no fim deste ano. "Mas com a alta do dólar, isso não seria inteligente", diz Braz. "Eu expliquei para elas que Beto Carrero não perde em nada para a Disney. Tem a mesma aura de encantamento e diversão".

Com 1,2 mil funcionários, o parque ocupa 20% de uma área total de 14 milhões de metros quadrados. Há quatro anos, por iniciativa de Alex Murad, filho de Beto Carrero (falecido em 2008), e presidente do conselho de administração da empresa que administra o complexo, o parque fechou uma parceria com dois dos maiores estúdios de cinema e animação do mundo, o Universal Studios e o Dreamworks Animation.

Por dois anos seguidos, o parque figura na lista dos melhores do mundo pelo site de viagens Trip Advisor. "Só precisamos comunicar melhor essa informação e acabar com o preconceito que ainda existe", diz Jorge Santos, diretor comercial do parque. "Nosso sonho é o mesmo do fundador: fazer do Beto Carrero a Disney brasileira." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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