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Brasil foi o ponto alto da carreira do novo executivo-chefe da GM

Presidente da filial brasileira entre 1997 e 2000, Fritz Henderson ganhou destaque na matriz por transformar a operação brasileira em exemplo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A troca de direção na gigante americana General Motors assinala o fim de uma era e aponta para uma mudança no que se espera da gestão da empresa, mas evidencia um ponto comum entre a carreira do homem que deixa o posto máximo da companhia e a do que assume seu lugar – a importância do Brasil na ascensão profissional de ambos.

O ex-executivo chefe da GM, Rick Wagoner, ocupou posições-chave na operação brasileira em duas ocasiões. Primeiro, na metade de década de 1980, como diretor. O Brasil foi um dos países nos quais Wagoner consolidou sua experiência em gestão, após alguns anos como analista na sede da tesouraria da empresa, em Nova York. Em 1991, ele voltou ao Brasil, dessa vez como presidente. Ficou no cargo até 1992, em meio ao conturbado período de abertura do mercado brasileiro às importações e à instabilidade política do governo Collor. Nas operações internacionais por onde passou, Wagoner se destacou por cortar custos com eficiência.

Cinco anos depois, seria a vez de o novo executivo-chefe mundial da montadora tomar a direção da filial brasileira. Fritz Henderson assumiu em maio de 1997 com a missão de transformar a empresa numa competidora capaz de substituir a venda de “carroças de fundo de quintal por carros novos e elegantes”, como descreve o Wall Stret Journal, num perfil sobre o executivo.

Segundo o jornal nova-iorquino, a passagem pelo Brasil foi o ponto alto da carreira de Henderson. O próprio periódico afirmou, num editorial de 1999, que a GM Brasil  havia se tornado um ponto de formação das melhores lideranças da empresa e um modelo para os planos da montadora de crescer na China e de produzir carros pequenos e lucrativos nos Estados Unidos.

Henderson deixou a presidência da operação brasileira em junho de 2000, de onde seguiu para o cargo de diretor para América Latina, África e Oriente Médio. Ainda assim, seguiu estimulando a expansão da filial no Brasil. Em três anos, investiu 1,5 bilhão de dólares na modernização da fábrica de São Caetano do Sul, no ABC paulista, e inaugurou uma nova unidade em Gravataí (RS), a terceira da montadora no país (a segunda fica em São José dos Campos, interior de São Paulo) e, à época, a maior planta do mundo.
 

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