São Paulo - A Bradesco Seguros solicitou autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para atuar com microsseguro, apólices de pequeno valor vendidas para a população de menor renda, segundo nota à imprensa.

O objetivo do Bradesco não é criar uma nova seguradora, mas começar a operar por meio de duas empresas já existentes, a Bradesco Auto/RE e a Bradesco Vida e Previdência, companhias coligadas do grupo, que devem lançar as apólices de microsseguros.

A primeira empresa a declarar à Susep a sua intenção de operar como microsseguradora foi a Newprev Previdência Privada. A declaração de propósito foi publicada na edição de 23 de julho, no Diário Oficial da União. A Newprev é uma entidade aberta de previdência complementar, com sede no Rio de Janeiro, tendo como principal acionista a GHG Multis Empreendimentos.

A regulamentação do microsseguro, que demorou cerca de dois anos para ser definida, foi divulgada em junho. Composta por oito circulares, as normas criam seguradoras específicas para o segmento, o corretor de microsseguros e a possibilidade de vender apólices por celular. As empresas interessadas em operar no segmento vão ter de criar uma seguradora específica, que terá que ser aprovada pela Susep e ter um plano de negócios.

O interesse da Bradesco Seguros por produtos populares não vem de hoje. A companhia foi uma das primeiras seguradoras a ofertar apólices de tíquetes menores no Brasil. Já são seis milhões de clientes com apólices inferiores a R$ 15,00, marca alcançada no mês passado, de um universo de 42 milhões clientes.

As operações de seguros ganham cada vez mais espaço no Bradesco. No segundo trimestre, a participação deste segmento no resultado total do banco cresceu três pontos porcentuais, para 31%.

A meta de crescimento da Bradesco Seguros para 2012 foi, inclusive, elevada de um intervalo que previa expansão de 13% a 16% para uma faixa de 15% a 19%. E a venda de seguros massificados, que incluem microsseguros, é uma das apostas da seguradora para atingir o seu objetivo neste ano, conforme declarou na ocasião o presidente da seguradora, Marco Antonio Rossi.