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BNDES rejeita propostas de empréstimo à Varig

Interessados em repassar o empréstimo-ponte foram desqualificados pelo banco por falta de garantias

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) rejeitou as propostas dos três grupos interessados em repassar o empréstimo-ponte oferecido pela instituição à Varig, para que a companhia aérea tivesse capital de giro para continuar operando até o leilão de venda, marcado para julho. De acordo com o BNDES, as propostas não foram aceitas sobretudo pela falta de garantias dos candidatos. Para liberar o crédito, a instituição pediu uma carta-fiança no valor total do crédito - 250 milhões de dólares.

O procedimento chegou a ser criticado pelos funcionários da aérea, que consideraram muito burocráticas as exigências do banco. A organização Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), que representa os funcionários da companhia, apresentou, inclusive, uma proposta alternativa: a de atrelar o empréstimo a um fundo de investimentos composto por parte do salário dos funcionários. O BNDES não divulgou o nome dos três grupos interessados no crédito, mas, no mercado, circula a informação de que, além do TGV, também BRJ - banco especializado em crédito imobiliário -, e um banco de investimentos paulista pleitearam os recursos.

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A disposição de conceder um empréstimo que mantivesse a Varig operando por mais um mês foi anunciada pelo BNDES em 10 de maio. Pelos termos divulgados, a instituição se prontificava a liberar até 167 milhões de dólares a um investidor interessado em injetar recursos na aérea. O montante equivalia a dois terços da operação total que a Varig poderia contratar com esse intermediário - 250 milhões de dólares. Assim, o risco de um eventual calote da companhia seria assumido pelo investidor interessado, e não pelo BNDES, que se resguardaria por meio da carta-fiança.

O empréstimo era a esperança mais concreta de manter a companhia no ar. O TGV chegou a declarar, inclusive, que, caso a operação não fosse concretizada, a Varig teria que antecipar a venda de seus ativos para obter recursos e fazer caixa.

Apesar de rejeitar as propostas apresentadas, o BNDES continua disposto a apoiar a companhia, segundo comunicado à imprensa divulgado nesta segunda-feira (22/5). Desta vez, a instituição anunciou que está disposta a financiar o eventual comprador da empresa. As condições da operação, porém, não foram fornecidas.

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