Bendine diz que lucro menor espelha a depreciação cambial
Em carta aos acionistas, o presidente da Petrobras disse que a queda de 1% no lucro líquido da empresa no primeiro trimestre é por causa da depreciação cambial
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2015 às 20h15.
São Paulo - Em uma breve carta aos acionistas e investidores da Petrobras sobre os resultados da companhia, o presidente da estatal, Aldemir Bendine, ressalta, em primeiro lugar, o lucro operacional de R$ 13,3 bilhões e um Ebitda ajustado de R$ 21,5 bilhões registrados no primeiro trimestre do ano, números 76% e 50%, respectivamente, superiores aos do primeiro trimestre de 2014.
Resultado que, segundo ele, é explicado, sobretudo, pela maior produção de petróleo, pelas maiores margens nas vendas de combustíveis no Brasil e pelos menores gastos com participações governamentais e importações.
Já a queda de 1% no lucro líquido de R$ 5,330 bilhões é atribuída, especialmente, à depreciação cambial do período. No documento Bendine ressalta que a empresa trabalha para manter o desempenho econômico-financeiro em patamares elevados.
"Como já pude mencionar em algumas ocasiões, nosso objetivo é desenvolver uma companhia rentável, com excelência em governança e que seja capaz de utilizar de maneira eficiente sua base de ativos para gerar o máximo de valor aos seus acionistas e investidores", observa. De acordo com ele, é com este propósito que está sendo elaborado um novo plano de negócios que irá delinear a visão para o futuro da companhia.
Na visão do presidente da Petrobras, em importante elemento deste plano é a desalavancagem da companhia, que deverá ser feita de forma gradual, respeitando os contratos celebrados e estabelecendo um equilíbrio com o crescimento da produção.
O executivo encerra seu breve comentário parabenizando os empregados da companhia, dizendo que eles são os verdadeiros responsáveis pela conquista de mais um OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations, and Institutions, o mais importante prêmio da indústria offshore mundial.
Segundo ele, este reconhecimento é a prova de que a Petrobras dispõe da expertise, da tecnologia e dos recursos necessários para a construção de uma empresa que almeja criar o máximo de valor em suas operações.