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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - O Banco do Brasil, principal agente financeiro no segmento de crédito rural no país, pretende multiplicar a quantidade de operações com seguro de preço para os produtores rurais. Com esse mecanismo, criado no ano passado, os produtores têm a opção de contratar a proteção contra a queda acentuada de preços por meio de opções de venda futura.
Na safra passada, os produtores contrataram essa modalidade de seguro para apenas R$ 130 milhões em empréstimos. Esse valor representa 0,9% dos R$ 14,9 bilhões contratados em custeio agrícola. Para a safra 2010/2011, segundo o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Luís Carlos Guedes Pinto, a meta é aumentar a abrangência para 8%, ultrapassando R$ 1 bilhão em operações de custeio protegidas por meio de opções de venda futura. Além disso, 60,7%, ou R$ 9 bilhões, são protegidos com seguro agrícola.
"O Banco do Brasil montou um sistema, com base em toda a tecnologia disponível, para que os agricultores possam adquirir essa opção no momento que forem tomar crédito no banco. Estamos convencidos de que é essa é uma direção inevitável", afirmou. Pinto explicou que, na prática, o agricultor compra o direito de vender o seu produto por um preço previamente determinado na época do plantio.
O diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, José Carlos Vaz, disse que é preciso difundir a nova modalidade. "Tem que colocar isso no dia a dia, na prática do produtor. Temos que capacitar funcionários e o mercado também tem que apresentar liquidez. Quanto mais produtores usarem, melhores serão as condições da cobertura e menores serão os custos", explicou.
O Banco do Brasil informou que já foram realizados 35 cursos de treinamento com a capacitação de 1.200 funcionários na operacionalização da nova modalidade de seguro. O financiamento rural do banco é feito em 4.980 municípios, dos total de 5.565 municípios brasileiros.
Segundo Vaz, o seguro por meio de opção de venda futura tem como público alvo, atualmente, a classe média rural. Isso porque os da agricultura familiar estão protegidos com as garantias de preços mínimos dadas pelo governo federal e os grandes já acessam as bolsas por meio de suas corretoras.
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