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Barclays corta preço-alvo de Redecard e Cielo

Analistas diminuíram em 11% o preço para os papéis da Redecard; para Cielo (ex-Visanet), o corte foi de 5%

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

Os analistas do banco britânico Barclays cortaram o preço-alvo das ações da Redecard para 2010 em 11%, para 28 reais. O alvo para os papéis da Cielo (ex-Visanet) também foi reduzido em 5%, para 16,50 reais.

“Continuamos a ter uma visão cautelosa em nossa recomendação, à medida que não enxergamos um potencial de alta nem acreditamos em um catalisador que justifique um aumento brusco de preços”, afirma o Barclays.

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O banco justifica a recomendação com a falta de previsibilidade para o resultado das empresas a partir do próximo ano, quando acaba a exclusividade entre a Cielo e a Visa e novas empresas devem entrar no mercado. Os mais prováveis concorrentes são o Santander - que já negocia uma parceria para se tornar um credenciador de lojas para a aceitação de cartões - e também grandes empresas de varejo - que poderiam se tornar autocredenciadoras.

A dificuldade em prever os resultados de Cielo e Redecard em 2010 de certa forma se confirma pelo fato de que, em teleconferências recentes com analistas, as duas empresas não divulgaram estimativas de resultados para o próximo ano - ao contrário do que sempre fizeram.

De acordo com o modelo do Barclays, a margem dos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Redecard deve se estabilizar a um patamar de 65% durante um longo período. No caso da Cielo, a margem ficaria estável em 59%.

Para os analistas do Barclays, desde pelo menos julho os papéis das duas empresas vêm registrando retornos menores do que o esperado. "Ambas as ações recentemente operaram perto do limite inferior (Cielo entre 13 e 14 reais e Redecard entre 23 e 24 reais)", diz o relatório do banco.

Entretanto, na visão dos analistas, pode levar tempo até que os investidores consigam perceber potenciais de fortes ganhos para os papéis. Por enquanto, o preço das ações deve ser guiado pela resposta que as companhias darão às ameaças da concorrência.

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