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Azul reverte prejuízo de 2018 e tem lucro de R$ 823,7 milhões em 2019

Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado aumentou 61,8% na comparação anual para R$ 1,229 bilhão

Azul: Azul apresentou receita financeira líquida de R$ 61,1 milhões no quatro trimestre de 2019 (Embraer/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 12 de março de 2020 às 10h48.

Última atualização em 12 de março de 2020 às 11h19.

São Paulo — A companhia Azul reportou lucro líquido de R$ 872,8 milhões no quatro trimestre de 2019, um crescimento de 132,4% na comparação com igual período do ano anterior, amparado pelas maiores receitas com transporte de passageiros e carga. No ano passado, o lucro líquido foi de R$ 823,7 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 409,5 milhões de 2018. Os números foram divulgados nesta quinta-feira, 12, em balanço publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Considerando os ajustes da variação cambial, o lucro líquido foi de R$ 436,7 milhões no trimestre, alta de 352,2% contra os R$ 96,6 milhões nos últimos três meses de 2018.

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Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado aumentou 61,8% na comparação anual para R$ 1,229 bilhão no trimestre, com margem Ebitda de 37,8% (contra 31% em igual período de 2018).

Em 2019, a empresa apresentou crescimento de 34% no Ebitda ajustado, que totalizou R$ 3,6 bilhões.

De acordo com a companhia, a receita líquida no trimestre fechou em R$ 3,25 bilhões, crescimento de 32,5% comparado com o mesmo período do ano anterior, sustentado pelo aumento de 32,4% na receita de transporte de passageiros e ao crescimento de 34,3% em cargas e outras receitas. No ano, a receita subiu 26,3%, para R$ 11,44 bilhões.

Financeiro

A Azul apresentou receita financeira líquida de R$ 61,1 milhões no quatro trimestre de 2019, contra uma despesa financeira de R$ 51,9 milhões em igual período do ano anterior. No ano, a empresa reduziu em 34,7% as despesas financeiras líquidas, para R$ 1,323 bilhão.

As despesas financeiras aumentaram 39,2% no trimestre, para R$ 409,8 milhões, "devido ao aumento nas despesas de juros relacionadas com o arrendamento de aeronaves como resultado da adição líquida de 23 aeronaves em nosso balanço durante os últimos doze meses, e a depreciação de 8,1% do real no 4T19 comparado com o mesmo período em 2018".

Os resultados da empresa no trimestre foram ajustados por eventos não-recorrentes de R$ 3,2 bilhões em 2019 e R$ 226,3 milhões em 2018.

Segundo a equipe de analistas da Guide Investimentos, os resultados vieram levemente acima da expectativa do mercado. “A empresa mostrou que está seguindo seu principal foco, de substituir suas aeronaves por outras mais eficientes (E195-E2) e também aumentando a relevância de seu programa de fidelidade TudoAzul. Além disso, a companhia reportou melhora do desempenho do segmento Azul Cargo, que vai em linha com a estratégia da empresa de ter outras fontes de rentabilidade que não apenas o transporte de passageiros”, escrevem em relatório distribuído a clientes..

Desempenho na bolsa

Desde o agravamento da epidemia do coronavírus, companhias aéreas têm perdido valor em diversas bolsas do mundo. Nesta quinta, as ações da Azul tinham queda de mais de 33% na bolsa de valores de São Paulo.

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