Negócios

As principais empresas brasileiras com negócios na Venezuela

De aquisições a contratos com o governo venezuelano, veja as companhias que atuam no país

Usina de Tocoma: uma das maiores obras da Odebrecht na Venezuela (Divulgação)

Usina de Tocoma: uma das maiores obras da Odebrecht na Venezuela (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2013 às 12h10.

São Paulo – O tumultuado ambiente político da Venezuela, polarizado entre partidários e opositores de Hugo Chávez, morto nesta terça-feira, não afastou o interesse das empresas brasileiras no mercado local nos anos em que ele esteve no poder.

De aquisições de unidades locais a obras públicas, as companhias brasileiras movimentaram negócios milionários nos últimos anos. É claro que essa relação não está isenta de contratempos. Alguns projetos foram postergados e outros frearam seu andamento.

Veja, a seguir, algumas das maiores empresas brasileiras e seus negócios no país.

Andrade Gutierrez

A construtora brasileira Andrade Gutierrez conta com dois grandes projetos na Venezuela. O primeiro é a construção da Siderúrgica Nacional, na Ciudad de Pilar, Estado de Bolívar. O acordo com o governo venezuelano foi fechado em 2008. O projeto é avaliado em 3,8 bilhões de dólares e sua capacidade produtiva será de 1,5 milhão de toneladas de bobinas por ano.

O segundo projeto começou em 2008. Trata-se da construção do Estaleiro Norte-Oriental, em Sucre. O objetivo da obra é escoar parte da produção de petróleo venezuelana.

EISA

Entre os 22 acordos comerciais firmados entre o então presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, em 2006, estava a encomenda de dez petroleiros ao Estaleiro da Ilha (EISA), avaliados em 670 milhões de dólares na época. O primeiro foi entregue em 2009, mesmo ano em que Chávez suspendeu o contrato para rever os preços dos navios. Desde então, o governo venezuelano e a empresa negociam um novo acordo.


Braskem

A Braskem chegou a negociar dois projetos com a estatal venezuelana Pequiven, mas a brasileira decidiu se retirar de um deles: a construção da Polietilenos de America (Polimerica), que tinha capacidade prevista para produzir 1,3 milhão de toneladas de eteno e 1,1 milhão de toneladas de polietileno.

Segundo o relatório anual de 2012, a Braskem já decidiu dar baixa no investimento da Polimerica já no ano passado. Com isso, a empresa vai se concentrar em apenas um projeto com a Pequiven: a construção da Polipropileno del Sur (Propilsur), com capacidade estimada de 455.000 toneladas por ano, da qual deterá 49%.

Gerdau

Em 2007, a Gerdau comprou a Siderúrgica Zuliana (Sizuca), a terceira maior produtora de aço da Venezuela. O negócio foi fechado por 92,5 milhões de dólares. Na época, a planta tinha capacidade para produzir 300.000 toneladas de aço e 200.000 toneladas de laminados.

Ultrapar

Também em 2007, a Ultrapar comprou a Arch Química Andina, que pertencia à americana Arch Chemicals. O valor da aquisição foi de 7,6 milhões de dólares. Na época, a Ultrapar afirmou que o negócio se justificava pelo fato de a Venezuela ser o único país produtor de óxido de eteno em que ainda não atuava. A estimativa inicial da brasileira era de que as receitas da Arch alcançariam 60 milhões de dólares por ano.

Odebrecht

Segundo o site da subsidiária da Odebrecht na Venezuela, a empresa mantém atualmente nove projetos em andamento no país. Um deles é a construção da linha 5 do metrô de Caracas, com 12 quilômetros de extensão e nove estações.

Outra obra de destaque é a hidrelétrica de Tocoma, para explorar o potencial de geração de energia do chamado Bajo Caroní. A central terá dez geradores e capacidade instalada total de 2.160 megawatts.

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