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As 11 quedas mais barulhentas de executivos

Passando por cima de valores morais e éticos ou cometendo crimes financeiros, esses executivos saíram pela porta de trás das empresas que lideraram

Mark Hurd deixa HP por deslize financeiro e assédio
DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2012 às 11h51.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h40.

São Paulo - O que poderia ter sido um escândalo sexual foi, na verdade, a revelação de falta de ética por parte do então presidente da HP, Mark Hurd. A partir de uma investigação sobre o relacionamento de Hurd com uma ex-fornecedora da empresa – a ex-atriz Jodie Fisher - a companhia encontrou irregularidades nos relatórios financeiros escritos pelo executivo, cometidas para tentar acobertar a relação.Diante do problema, Hurd renunciou ao cargo no dia 6 de agosto deste ano e pediu desculpas em nota distribuída pela empresa. "À medida que a investigação progredia, eu percebi que havia muitas instâncias nas quais eu não vivi de acordo com os padrões e os princípios de confiança, respeito e integridade que eu esposei na HP e que guiaram minha carreira", afirmou Hurd.O executivo trabalhou por cinco anos como presidente do conselho e CEO da HP. Ele foi responsável por uma reformulação na empresa e conseguiu aumentar os lucros por meio de aquisições e redução de custos. Agora, sai da empresa com uma mancha no currículo.Acompanhe as notícias de Gestão no Twitter
  • 2. Lee Kun-hee, CEO da Samsung, renuncia por corrupção

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  • São Paulo - Desde 1987 na Samsung, o presidente executivo e filho do fundador Lee Kun-hee conseguiu transformar a companhia no maior grupo empresarial da Coreia do Sul, representando 20% das exportações do país. Mas nem sua eficiência nos negócios foi capaz de segurá-lo na chefia da corporação, sob a acusação de evasão fiscal e prevaricação.Em 2008, a Samsung passou por uma investigação especial, fruto da denúncia de um ex-assessor, chamado Kim Yong-chul, que acusou o grupo de subornar políticos e integrantes da justiça para facilitar a passagem do controle da empresa do presidente, Lee Kun-hee, para seu filho, Lee Jae-yong. O então CEO também foi acusado de evadir impostos que deveria pagar com os 4,6 bilhões de dólares ocultados em contas bancárias no nome de outros executivos da empresa.Envergonhado, Lee Kun-hee pediu desculpas e renunciou ao cargo, em abril de 2008, para tentar limpar o nome da empresa. Ele foi condenado a três anos de prisão, mas a sentença foi suspensa. Neste ano, o executivo voltou à presidência da Samsung e, curiosamente, foi bem recebido pelos analistas sul-coreanos.Acompanhe as notícias de Gestão no Twitter
  • 3. Harry Stonecipher, presidente da Boeing, é demitido por affair

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  • São Paulo - O ditado de que “onde se ganha o pão, não se come a carne” combina bem com a política da Boeing durante a gestão do presidente Harry Stonecipher, demitido em março de 2005. Depois de uma denúncia anônima, a empresa descobriu que Stonecipher estava tendo um caso extraconjugal com uma executiva da empresa, mas que não era diretamente subordinada a ele.Mesmo assim, a Boeing preferiu pedir que o presidente renunciasse ao cargo, pois considerou que o comportamento do executivo não era compatível com o código de conduta da empresa. Eles também consideraram que o relacionamento com a funcionária prejudicava a capacidade de julgamento de Stonecipher, impedindo-o de desempenhar um bom papel na liderança da companhia.A grande ironia do caso foi que o então CEO Harry Stonecipher fora convidado para ocupar o cargo em 2003, justamente para retirar a empresa de uma crise de imagem causa por um escândalo envolvendo o seu antecessor, Phil Condit, que roubou e usou indevidamente 25.000 documentos secretos de uma concorrente. Além da demissão de Condit, o escândalo rendeu a suspensão, pela Força Aérea americana, de sete contratos de fabricação de foguetes lançadores de satélites e a proibição de participar de concorrências na área de defesa. A punição durou até a queda do CEO Harry Stonecipher.Acompanhe as notícias de Gestão no Twitter
  • 4. Siemens derruba alto escalão por corrupção

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    São Paulo – Mesmo negando envolvimento nos esquemas de corrupção que assolaram a Siemens, em 2007, o presidente executivo, Klaus Kleinfeld, e o presidente do conselho de vigilância, Heinrich von Pierer, não seguraram a barra e saíram dos seus respectivos cargos. A empresa alemã de tecnologia foi o centro de um mega escândalo que envolveu funcionários de todos os níveis hierárquicos.A Siemens foi investigada pela justiça da Alemanha e dos Estados Unidos por subornar integrantes do governo e terceiros, entre 2001 e 2007, para ter favorecimentos em contratos. No total, a empresa pagou quase 1,8 bilhão de dólares em propinas. A conta final saiu ainda mais cara. No final de 2008, a Siemens aceitou pagar mais de 1,3 bilhão de dólares para encerrar o processo de corrupção nos dois países.Acompanhe as notícias de Gestão no Twitter
  • 5. Chris Albrecht, da HBO, bate na namorada e leva nocaute

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    São Paulo – Depois de assistir a uma luta de boxe entre Oscar De La Hoya e Floyd Mayweather, em maio de 2007, o então presidente do canal a cabo HBO, Chris Albrecht, se empolgou demais e deixou seu lado violento falar mais alto. Em frente ao MGM Grand, em Las Vegas (Estados Unidos), ele deu socos e tentou estrangular sua namorada e, é claro, foi preso. A empresa Time Warner, controladora da HBO, não aceitou a postura e deu o ultimato: se não renunciasse, seria demitido.Albrecht trabalhou por 16 anos na HBO e já tinha um histórico problemático na empresa. Em 1991, o executivo bateu em sua ex-mulher, também funcionária da companhia, ao descobrir que ela estava saindo com outra pessoa. A HBO se arrependeu por ter encoberto o caso antigo de agressão e preferiu não repetir o erro em 2007.O executivo preferiu atender o pedido da companhia e saiu para “o benefício dos colegas de HBO, reconhecendo que as circunstâncias pessoais não podem distraí-los do negócio”, como declarou em pronunciamento.Acompanhe as notícias de Gestão no Twitter
  • 6. Lord Browne deixa presidência da BP por caso homossexual

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    São Paulo - Bem antes do desastre ecológico e da gafe do ex-diretor Tony Hayward, a British Petroleum – BP, teve problemas com seu então CEO, Lord Browne, em 2007. O escândalo teve início com uma entrevista dada por Jeff Chevalier a um jornal britânico. Chevalier era parceiro homossexual do então presidente da BP e divulgou à imprensa detalhes de seu relacionamento íntimo, mantido por quatro anos.Diante das revelações, Lord Browne negou informações verídicas e apelou na justiça para impedir que o periódico divulgasse sua vida particular. Por ter mentido sobre seu envolvimento com Chevalier, o executivo perdeu as ações movidas na justiça e se viu obrigado a deixar o cargo. Além do emprego e da reputação, ele também perdeu a possibilidade de ganhar, pelo menos, 3,5 milhões de libras do pacote de aposentadoria e, possivelmente, mais 12 milhões de libras em benefícios pela empresa.Acompanhe as notícias de Gestão no Twitter
  • 7. Volks demite cúpula por corrupção e luxúria

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    São Paulo - Um caso escandaloso envolvendo desvio de dinheiro, propinas e orgias na Volkswagen fez cair dois importantes membros do alto escalão da montadora, em 2005. Em um esquema de corrupção complexo, que passava por vários níveis hierárquicos, o dinheiro da empresa era usado para subornar fornecedores, fazer viagens luxuosas de executivos, pagar prostitutas e outros pecados capitais.Com a descoberta, o então presidente do conselho de funcionários da empresa, Klaus Volkert, e o diretor de recursos humanos e executivo mais conceituado da Alemanha, Peter Hartz, deixaram seus cargos e foram processados por usar de forma ilícita o dinheiro da Volkswagen. Hartz usou verba da montadora para pagar prostitutas, organizar viagens e visitas a bordéis para os sindicalistas aceitarem, sem resistência, medidas impopulares, como aumento da jornada de trabalho e demissões.Já Volkert desviou dinheiro para manter um caso extraconjugal com a então apresentadora de TV brasileira, Adriana Barros. Ele fez viagens de férias, pagou contas pessoais e deu mesadas que somaram 400.000 euros à amante, por meio de um contrato forjado de prestação de serviços à companhia. Os dois executivos foram processados pela justiça. Volkert foi condenado, em 2008, a dois anos e nove meses de prisão. Já Hartz conseguiu um acordo e sua condenação, em 2007, se restringiu a dois anos de liberdade condicional e pagamento de multa de 576.000 euros.Acompanhe as notícias de Gestão no Twitter
  • 8. Bernard Madoff: da pirâmide para a cadeia

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    São Paulo – Confiança era a alma do negócio fraudulento de Bernard Madoff, ex-presidente da Nasdaq, que deu prejuízo de cerca de 50 bilhões de dólares a investidores de 40 países, em 2008. Usando um golpe conhecido como “pirâmide de Ponzi”, Madoff usou sua empresa de investimento Bernard L. Madoff Investment Securities para enganar investidores graúdos com a promessa de lucro garantido em qualquer época, independentemente da situação econômica mundial.O esquema funcionava assim: cada investidor depositava uma quantia, sendo que os mais antigos teriam as maiores rentabilidades. À medida que a rede de investidores crescesse, os mais antigos recebiam o dinheiro do investimento dos mais novos. A receita não era usada para aplicar em recursos. Resultado: quando já não havia mais novos investidores e a crise bancária se instaurou, o golpe, que durou 19 anos, foi por água abaixo.Madoff não apenas saiu da empresa pela porta dos fundos, como foi direto para a cadeia. Condenado a 150 anos de prisão pela justiça americana, o golpista está preso desde o meio do ano passado. A data oficial para sua libertação é o dia 14 de novembro de 2.139. Seu braço direito, Frank DiPascali, também está preso e ajuda a polícia a descobrir o paradeiro dos ativos para indenizar as vítimas.Acompanhe as notícias de Gestão no Twitter
  • 9. WorldCom e a arte de alterar lucros e prejuízos

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    São Paulo - Nada como maquiar as contas de uma empresa para fazê-la parecer mais valiosa. Foi exatamente isso que o então presidente da WorldCom, Bernie Ebbers, e o diretor financeiro, Scott Sullivan, fizeram no início dos anos 2000. A então segunda maior operadora de longa distância dos Estados Unidos, responsável por 50% do tráfego de internet do país e por 50% do tráfego de e-mails do mundo, precisava de um upgrade nas ações. Os executivos escolheram a fraude como o melhor caminho para reverter a situação.Uma das artimanhas de Ebbers e Sullivan foi a transformação de despesas operacionais em capitais de investimento de longo prazo. Com as manobras para forjar a contabilidade, eles conseguiram fazer com que os prejuízos da empresa “virassem” lucros de 1,3 bilhão de dólares em 2001. Toda essa rentabilidade mágica despertou suspeitas no órgão regular do mercado americano, já que a concorrente AT&T estava passando por maus bocados na mesma época.A WorldCom foi alvo de auditorias e, em 2004, reconheceu a fraude e decretou falência logo depois. Ebbers e Sullivan foram processados pela justiça americana. O ex-CEO foi condenado, em 2005, a prisão, mas conseguiu recorrer da sentença e foi absolvido. O ex-diretor financeiro não teve tanta sorte. Ele foi preso, confessou a culpa e, ao testemunhar contra Ebbers, reduziu parte da sentença.Acompanhe as notícias de Gestão no Twitter
  • 10. Calisto Tanzi, fundador da Parmalat, não resiste a fraude

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    São Paulo – A multinacional italiana Parmalat passou por uma crise sem precedentes em 2003, agravada por fraudes financeiras corporativas. O fundador e então presidente da Parmalat, Calisto Tanzi, foi responsável pelo desvio de até 995 milhões de dólares da empresa e participou de um esquema fraudulento que prejudicou mais de 135.000 investidores.Mesmo sendo o pai da Parmalat, Tanzi não suportou o baque. As autoridades descobriram que cerca de 20 pessoas, inclusive ele, participaram da fraude que levou a companhia a pedir concordata naquele ano e deixou um rombo de cerca de 14 bilhões de euros.Processado pela justiça italiana, Tanzi foi condenado, em 2010, a 10 anos de prisão sob acusação de fazer especulação na bolsa, dificultar a atividade dos órgãos de vigilância e ser cúmplice de falsificações em relatórios. Ele recorreu da decisão.Acompanhe as notícias de Gestão no Twitter
  • 11. Kenneth Lay, CEO da Enron, cai e arrasta Arthur Andersen

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    São Paulo – Engrossando o time dos executivos que se envolveram em escândalos de fraudes financeiras, o ex-presidente da companhia energética Enron, Kenneth Lay, renunciou ao cargo, em 2002, em plena crise. A falência da empresa, decretada em 2001, foi considerada uma das maiores da história dos Estados Unidos e foi provocada pela descoberta de irregularidades nos documentos financeiros.Lay e o alto executivo Jeffrey Skilling foram acusados de alterar os livros de contabilidade e desviar, em dois anos, cerca de 25 bilhões de dólares. Com a ajuda de outros funcionários, contratos e lucros foram manipulados. Assim que o esquema foi descoberto, as ações caíram vertiginosamente e a empresa, já com uma dívida de 13 bilhões de dólares, faliu e arrastou junto a auditoria Arthur Andersen, acusada pelas autoridades de ser cúmplice da fraude. Em 2006, os dois executivos da Enron foram condenados. Lay morreu antes de receber a sentença, e Skilling foi obrigado a pagar 45 milhões de dólares de multa e cumpre pena de 24 anos de prisão.Acompanhe as notícias de Gestão no Twitter
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