São Paulo -- 2013 está chegando ao fim e as empresas correm para fazerem todas as mudanças que acham necessárias para terem um 2014 melhor. Ou para pelo menos poderem respirar com um pouco mais de folga. Foi com esse espírito que Dudalina foi vendida para fundos de investimentos, a Coca-Cola e a Volkswagen trocaram seus presidentes regionais -- para as Américas e para os Estados Unidos, respectivamente -- e a GM colocou, pela primeira vez na história, uma mulher no cargo máximo.  Já a TelexFREE e o império X tentam se salvar como podem: a primeira passando suas dívidas para uma empresa terceira e o segundo alterando nomes e vendendo ativos. A Nextel anunciou demissões e a Petrobras teve de lidar com outro indicador do tamanho de sua crise: uma administradora de investimentos americana avaliou em 32% a probabiliade de a petrolífera falir nos próximos dois anos. Veja, a seguir, quais foram os principais movimentos das empresas nessa semana:   

A Dudalina, empresa brasileira famosa por fabricar e comercializar camisas sociais, vendeu uma parcela de seus negócios para dois fundos de investimentos americanos: o Advent e o Warbug Pincus. Em agosto, a revista EXAME, edição 1021, já havia informado que a companhia estava à venda. Até a noite de sexta-feira, o valor da operação não havia sido divulgado. Em entrevista recente à EXAME.com, Sônia informou que pretende dobrar a companhia até 2016 e passar o bastão da empresapara ficar apenas como diretora no conselho.

A General Motors (GM) anunciou nesta terça-feira que, pela primeira vez na história da montadora, uma mulher assumirá o cargo de presidente mundial. Segundo comunicado oficial, Dan Akerson, atual comandante global do grupo, se aposentará no próximo ano, após sua esposa ser diagnosticada com câncer. Para ocupar seu lugar, a vice-presidente executiva de desenvolvimento de produtos globais, Mary Barra, foi eleita pelo conselho de administração. Ela terá o desafio de manter a montadora nos trilhos.

Os resultados ruins apresentados pela Petrobras nos últimos dois anos resultaram numa possibilidade de falência de 32,4% nos próximos dois anos, calculou a administradora de investimentos americana Macroaxis. “Baseando-se nas últimas informações financeiras divulgadas, a Petrobras tem probabilidade de falência de 32,4%. Este valor é muito maior do que o do setor”, afirma o relatório. Cálculo foi divulgado dois meses depois de a petrolífera ter sido rebaixada pela agência de classificação de risco Moody's.

A maré de azar continua sem dar trégua para o ex-bilionário Eike Batista. Nesta semana, a LLX anunciou que, a partir de quarta-feira, passaria a se chamar Prumo, nome que representa "o atual momento da empresa: com uma gestão pragmática e transparente". Ela agora está com um novo controlador, e já é a terceira empresa X a trocar de identidade. Talvez essa seja a única solução para Eike. Enquanto a OSX tentava voltar aos trilhos elegendo novos conselheiros, ele teve de lidar com a notícia de que estava com o nome sujo no Serasa. O motivo? Uma dívida de 840 reais contraída pelo filho Thor com uma loja de móveis carioca. Para fechar a semana, Batista entrou para a lista da Forbes dos empresários com carreiras mais desastrosas.

Na última segund-feira, a controladora da Nextel anunciou a demissão de 25% do quadro da matriz e cortes nas subsidiárias que resultariam em 1400 funcionários. Com isso, a empresa estima uma economia de entre 25 e 35 milhões de dólares. Não foi divulgado se cortes ocorreriam nos escritórios do Brasil também.

Nesta segunda-feira, oficialmente, a CVC começou a negociar suas ações na bolsa de valores de São Paulo e deve captar mais de 600 milhões de reais com a operação. Entre os temas apresentados no documento, a CVC destacou sua estratégia de crescimento após o IPO, baseada em cinco pilares: novos produtos, franquias, novas fontes de receita, valorização do franqueado e foco no desempenho.  

A Eldorado Brasil Celulose, controlada pela J&F, dona do JBS, começou a estruturar a engenharia financeira para levantar os R$ 7,5 bilhões que serão investidos na segunda fase da expansão da companhia, instalada na cidade de Três Lagoas (MS), prevista para operar a partir de 2017. Deste valor, 2,5 bilhões de reais virão por meio de aumento de capital dos próprios acionistas, e 5 bilhões de reais serão obtidos em financiamentos. Anúncio foi divulgado nesta terça-feira. Mesmo com os planos de crescimento, não há interesse em abertura de capital.

A Sysco se consolidou, nesta segunda-feira, como a maior distribuidora de alimentos dos Estados Unidos, ao comprar sua maior rival, a US Foods. Para isso, desembolsou 8 bilhões de dólares. Desse valor, apenas 3,5 bilhões de dólares são destinados à aquisição. Os outros 4,7 bilhões de dólares serão gastos com o pagamento de dívidas deixadas pela antiga concorrente. Com a compra, a empresa torna-se dona de 25% a 30% do mercado de distribuição de alimentos americano.