Analistas pressionam Carrefour sobre plano de reestruração
Rede de varejo precisa construir mais lojas de conveniência e atrair mais clientes online em um ambiente econômico difícil
Da Redação
Publicado em 4 de janeiro de 2012 às 11h12.
Paris - O Carrefour , segunda maior rede de varejo do mundo, precisa cortar preços, construir mais lojas de conveniência e atrair mais clientes online em um momento em que um ambiente econômico difícil torna o atual plano de retomada da área de hipermercados do grupo cada vez mais obsoleto.
Isso significa adiamento ou mesmo um abandono do plano Carrefour Planet, o ambicioso projeto da empresa para reinventar o hipermercado, e também o afastamento do presidente do conselho e presidente-executivo, Lars Olofsson.
O grupo Blue Capital -importante investidor do Carrefour e formado por aliança entre o homem mais rico da França, Bernard Arnault, e a gestora norte-americana de private equity Colony Capital- tem apoiado até agora o executivo de 59 anos oriundo da Nestlé e que colocou uma reformulação dos problemáticos hipermercados da rede, orçada em 1,5 bilhão de euros, no centro de sua estratégia.
Mas uma sequência de alertas de lucro, saída de executivos e reviravoltas estratégicas têm abalado a confiança do mercado no executivo.
Notícias na imprensa de que a performance das novas lojas Carrefour Planet está ficando abaixo do esperado também não têm ajudado.
"Eu acho que Lars está com os dias contados. Vimos suficientes alertas de lucro para abalar até mesmo o mais fiel investidor", disse o analista James Monro, da S&P Equity Research, que acredita que o Carrefour deveria reformular seu plano de hipermercados.
Outros vão mais longe, sugerindo que o plano Carrefour Planet deve ser abandonado em favor de um projeto mais radical, que proponha a redução número de hipermercados ou que a rede inicie uma guerra de preços para retormar terreno perdido em seu principal mercado, a França.
"Tornar-se o líder claro em preços em hipermercados é agora a melhor solução possível", disseram analistas do J.P. Morgan em nota a clientes, estimando que o Carrefour precisa investir 1,4 bilhão de euros para reduzir os preços na França e superar o rival E. Leclerc.
Representantes da Blue Capital e do Carrefour não quiseram comentar o assunto.
O Carrefour enfrenta mais dificuldades do que outros rivais porque a maior parte de suas vendas é gerada em hipermercados, que estão perdendo espaço para lojas menores e especializadas no mercado maduro da Europa.
A varejista prometeu uma atualização do Carrefour Planet no início do próximo ano, provavelmente junto com a divulgação dos números de vendas do quarto trimestre, em 12 de janeiro, ou junto da publicação do balanço anual, em fevereiro ou março.
Se os receios dos investidores forem confirmados, isso poderia significar o fim da linha para Olofsson, que é presidente-executivo do Carrefour desde 2009.
Analistas afirmam que um ex-vice-presidente financeiro, e agora chefe da área de mercados emergentes, Pierre Bouchut, seria um forte candidato ao cargo, junto com o presidente do grupo para a Europa, Thomas Huebner.
Paris - O Carrefour , segunda maior rede de varejo do mundo, precisa cortar preços, construir mais lojas de conveniência e atrair mais clientes online em um momento em que um ambiente econômico difícil torna o atual plano de retomada da área de hipermercados do grupo cada vez mais obsoleto.
Isso significa adiamento ou mesmo um abandono do plano Carrefour Planet, o ambicioso projeto da empresa para reinventar o hipermercado, e também o afastamento do presidente do conselho e presidente-executivo, Lars Olofsson.
O grupo Blue Capital -importante investidor do Carrefour e formado por aliança entre o homem mais rico da França, Bernard Arnault, e a gestora norte-americana de private equity Colony Capital- tem apoiado até agora o executivo de 59 anos oriundo da Nestlé e que colocou uma reformulação dos problemáticos hipermercados da rede, orçada em 1,5 bilhão de euros, no centro de sua estratégia.
Mas uma sequência de alertas de lucro, saída de executivos e reviravoltas estratégicas têm abalado a confiança do mercado no executivo.
Notícias na imprensa de que a performance das novas lojas Carrefour Planet está ficando abaixo do esperado também não têm ajudado.
"Eu acho que Lars está com os dias contados. Vimos suficientes alertas de lucro para abalar até mesmo o mais fiel investidor", disse o analista James Monro, da S&P Equity Research, que acredita que o Carrefour deveria reformular seu plano de hipermercados.
Outros vão mais longe, sugerindo que o plano Carrefour Planet deve ser abandonado em favor de um projeto mais radical, que proponha a redução número de hipermercados ou que a rede inicie uma guerra de preços para retormar terreno perdido em seu principal mercado, a França.
"Tornar-se o líder claro em preços em hipermercados é agora a melhor solução possível", disseram analistas do J.P. Morgan em nota a clientes, estimando que o Carrefour precisa investir 1,4 bilhão de euros para reduzir os preços na França e superar o rival E. Leclerc.
Representantes da Blue Capital e do Carrefour não quiseram comentar o assunto.
O Carrefour enfrenta mais dificuldades do que outros rivais porque a maior parte de suas vendas é gerada em hipermercados, que estão perdendo espaço para lojas menores e especializadas no mercado maduro da Europa.
A varejista prometeu uma atualização do Carrefour Planet no início do próximo ano, provavelmente junto com a divulgação dos números de vendas do quarto trimestre, em 12 de janeiro, ou junto da publicação do balanço anual, em fevereiro ou março.
Se os receios dos investidores forem confirmados, isso poderia significar o fim da linha para Olofsson, que é presidente-executivo do Carrefour desde 2009.
Analistas afirmam que um ex-vice-presidente financeiro, e agora chefe da área de mercados emergentes, Pierre Bouchut, seria um forte candidato ao cargo, junto com o presidente do grupo para a Europa, Thomas Huebner.