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Malaysia Airlines passa por outra turbulência histórica

Boeing 777 da companhia com 295 passageiros a bordo caiu na Ucrânia. Trata-se da segunda tragédia contabilizada pela companhia apenas neste ano

Avião da Malaysia Airlines: companhia contabiliza duas tragédias aéreas em um ano (Greg Wood / Getty Images)

Tatiana Vaz

Publicado em 17 de julho de 2014 às 16h48.

São Paulo – Esqueça as estatísticas. Qualquer probabilidade de dois aviões da mesma companhia aérea serem protagonistas de grandes tragédias no mesmo ano foi alcançado hoje pela Malaysia Airlines .

Depois de ter um avião desaparecido nos ares em março, nesta quinta-feira, o Boeing 777 da companhia com 295 passageiros a bordo caiu na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, sem deixar sobreviventes.

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O avião viajava de Amsterdã para Kuala Lumpur e caiu em uma região que está sob o controle de milicianos separatistas pró-Rússia e que estão em confronto com as forças governamentais da Ucrânia.

Ainda não se sabe se o avião teria sido abatido por um míssel russo ou se foi um acidente aéreo . Um vídeo que mostra a tragédia foi divulgado.

De qualquer forma, trata-se do início - ou continuidade - de mais um capítulo turbulento e incerto da companhia aérea malaia, que ainda conta os prejuízos financeiros e de imagens deixados pelo incidente de março, que deixou 283 mortos.

Em maio, a empresa divulgou os resultados financeiros obtidos de janeiro a março, já com uma mostra do vermelho que passara a tomar sua história. Um prejuízo de 100 milhões de euros foi registrado, quase 60% mais do que em igual período do ano anterior.

Vermelho histórico

A companhia já apresentava uma operação deficitária antes disso, suportada por verbas governamentais e que degringolava cada vez mais pela imagem afetada com a tragédia.

Na China, principal mercado da companhia e berço da maioria dos ocupantes do avião desaparecido em março, as vendas de passagens da Malaysia caíram estrondosos 60% - fatia que deve aumentar ainda mais a partir de hoje.

Na divulgação do balanço, o presidente da companhia admitiu até a possibilidade de vender a unidade de engenharia e manutenção da empresa para levantar recursos direcionados.

A ideia era investir no rejuvenescimento da frota e na tentativa de resgatar a confiança das pessoas, abalada também pelas falhas de comunicação da empresa com os familiares das vítimas do acidente com o Boeing desaparecido em março.

O próximo balanço financeiro da companhia, com os resultados até 30 de junho, deve ser divulgado em breve. Provavelmente, com uma série de números negativos – mas não tão trágicos quanto os que ainda estão por vir depois do desastre de hoje.

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