Após anunciar uma oferta pública secundária de ações na noite desta quarta-feira, as ações ordinárias da operadora de telecomunicações GVT (GVTT3, com direito a voto) despencavam 8,65%, para 33,80 reais, às 12h30.

Os acionistas controladores da companhia, grupo Swarth e GVT Holland, decidiram realizar a oferta pública no Brasil e no exterior. De acordo com o comunicado da operadora, ao final da oferta, os controladores deverão permanecer com mais de 5% do capital social da empresa, e o preço de venda terá como base a cotação de mercado.

O volume e o preço das ações a serem lançadas ainda não foram definidos. No entanto, segundo a corretora Ativa, a oferta poderá chegar a 27,1 milhões de ações, ou 21% do capital total, caso os controladores decidam manter apenas o percentual mínimo estipulado. Com base nos preços atuais, a operação poderia chegar perto de 1 bilhão de reais.

Na visão da corretora Ativa, a operação é negativa para a GVT porque sinaliza que os próprios controladores já consideram justo o valor dos papéis. "Esperamos pressão sobre as ações da companhia no curto prazo que, caso seja excessiva, poderá se configurar em uma oportunidade de investimento no papel em um segundo momento", afirmou a Ativa em relatório.

O preço-alvo fixado pela Ativa até o final do ano foi de 38 reais por ação. Em conformidade com o atual patamar de preço dos papéis da empresa e a projeção de pressão da oferta, a corretora Ativa reduziu sua recomendação para os papéis da GVT para venda.

A operadora, que atua em 14 Estados do país mais Distrito Federal, informou que a oferta dos acionistas controladores está sendo organizada pelos bancos Credit Suisse e pelo Goldman Sachs.