AB InBev sofre no Brasil e registra pior trimestre em anos
A Anheuser-Busch InBev informou que sua unidade brasileira teve o trimestre mais desafiador em anos porque as vendas estão caindo
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2016 às 20h56.
A Anheuser-Busch InBev informou que sua unidade brasileira teve o trimestre mais desafiador em anos porque as vendas estão caindo à medida que a confiança do consumidor diminui.
O volume de cerveja no Brasil – um dos principais mercados da cervejaria – caiu 10 por cento, o que fez com que as vendas e o crescimento dos lucros ficassem abaixo das estimativas. As ações chegaram a recuar 4,6 por cento em Bruxelas, a maior queda desde janeiro.
A unidade brasileira “enfrentou uma tempestade perfeita”, disse Robert Ottenstein, analista da Evercore ISI, em uma nota. O aumento dos impostos, a economia derrapando e a epidemia do vírus Zika prejudicaram os negócios, disse ele.
O primeiro trimestre fraco foi um caso isolado, disse o diretor financeiro da AB InBev, Felipe Dutra, em uma conferência. A economia em queda, o desemprego em alta e a baixa confiança do consumidor no Brasil mais do que contrabalançaram o crescimento das vendas no México e agravaram o desempenho medíocre nos EUA, maior mercado da empresa.
“O desempenho fraco se deve ao fato de que o consumo de cerveja está começando a refletir os desafios do ambiente macroeconômico”, disse Nikolaas Faes, analista da Bryan Garnier, em relação ao Brasil. No entanto, a cervejaria reiterou a previsão de que a receita líquida no País crescerá no ano, impulsionada em parte pelas Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Nos EUA, onde os consumidores estão optando por cervejas de edições limitadas em detrimento das grandes marcas, as vendas da AB InBev para o varejo caíram e ficaram abaixo do crescimento do setor, que a empresa estimou em 0,7 por cento. Bud Light, a cerveja mais vendida dos EUA, perdeu participação no mercado apesar da nova embalagem e da propaganda com os comediantes Amy Schumer e Seth Rogen no Super Bowl. Essa queda está começando a desaparecer, disse Dutra.
“É um pouco frustrante para os investidores e para a empresa, mas tudo está indo aos poucos na direção certa”, disse Eddy Hargreaves, analista da Canaccord Genuity, sobre o progresso da AB InBev nos EUA, onde a empresa comprou distribuidoras e cervejarias artesanais para impulsionar as vendas.
Marcas à venda
A AB InBev também reiterou que espera concluir a transação de US$ 108 bilhões para adquirir a concorrente SABMiller no segundo semestre deste ano. Para cumprir as regulamentações da concorrência, a AB InBev irá vender algumas das marcas de cerveja da empresa alvo na Europa. A autoridade antitruste da África do Sul tem até quinta-feira para concluir a avaliação do impacto dessa transação no mercado local.
Em fevereiro, a AB InBev projetou o crescimento orgânico da renda por hectolitro antes da inflação e sinalizou que o desempenho do primeiro trimestre no Brasil seria fraco. A empresa também afirmou que os volumes nos EUA melhorariam neste ano.
Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização aumentaram para US$ 3,46 bilhões sobre a mesma base. Os analistas tinham projetado US$ 3,74 bilhões.
A Anheuser-Busch InBev informou que sua unidade brasileira teve o trimestre mais desafiador em anos porque as vendas estão caindo à medida que a confiança do consumidor diminui.
O volume de cerveja no Brasil – um dos principais mercados da cervejaria – caiu 10 por cento, o que fez com que as vendas e o crescimento dos lucros ficassem abaixo das estimativas. As ações chegaram a recuar 4,6 por cento em Bruxelas, a maior queda desde janeiro.
A unidade brasileira “enfrentou uma tempestade perfeita”, disse Robert Ottenstein, analista da Evercore ISI, em uma nota. O aumento dos impostos, a economia derrapando e a epidemia do vírus Zika prejudicaram os negócios, disse ele.
O primeiro trimestre fraco foi um caso isolado, disse o diretor financeiro da AB InBev, Felipe Dutra, em uma conferência. A economia em queda, o desemprego em alta e a baixa confiança do consumidor no Brasil mais do que contrabalançaram o crescimento das vendas no México e agravaram o desempenho medíocre nos EUA, maior mercado da empresa.
“O desempenho fraco se deve ao fato de que o consumo de cerveja está começando a refletir os desafios do ambiente macroeconômico”, disse Nikolaas Faes, analista da Bryan Garnier, em relação ao Brasil. No entanto, a cervejaria reiterou a previsão de que a receita líquida no País crescerá no ano, impulsionada em parte pelas Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Nos EUA, onde os consumidores estão optando por cervejas de edições limitadas em detrimento das grandes marcas, as vendas da AB InBev para o varejo caíram e ficaram abaixo do crescimento do setor, que a empresa estimou em 0,7 por cento. Bud Light, a cerveja mais vendida dos EUA, perdeu participação no mercado apesar da nova embalagem e da propaganda com os comediantes Amy Schumer e Seth Rogen no Super Bowl. Essa queda está começando a desaparecer, disse Dutra.
“É um pouco frustrante para os investidores e para a empresa, mas tudo está indo aos poucos na direção certa”, disse Eddy Hargreaves, analista da Canaccord Genuity, sobre o progresso da AB InBev nos EUA, onde a empresa comprou distribuidoras e cervejarias artesanais para impulsionar as vendas.
Marcas à venda
A AB InBev também reiterou que espera concluir a transação de US$ 108 bilhões para adquirir a concorrente SABMiller no segundo semestre deste ano. Para cumprir as regulamentações da concorrência, a AB InBev irá vender algumas das marcas de cerveja da empresa alvo na Europa. A autoridade antitruste da África do Sul tem até quinta-feira para concluir a avaliação do impacto dessa transação no mercado local.
Em fevereiro, a AB InBev projetou o crescimento orgânico da renda por hectolitro antes da inflação e sinalizou que o desempenho do primeiro trimestre no Brasil seria fraco. A empresa também afirmou que os volumes nos EUA melhorariam neste ano.
Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização aumentaram para US$ 3,46 bilhões sobre a mesma base. Os analistas tinham projetado US$ 3,74 bilhões.