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A empresa inglesa que inventou a retroescavadeira vai investir R$ 500 milhões no Brasil — veja onde

Empresa quer dobrar o número de máquinas vendidas no Brasil de 5 mil para 10 mil

Adriano Merigli, presidente da JCB do Brasil: cerca de R$ 360 milhões serão usados para modernizar a fábrica em Sorocaba (SP) (JCB do Brasil/Divulgação)
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 14 de junho de 2024 às 16h40.

Última atualização em 14 de junho de 2024 às 16h51.

Multinacional inglesa de máquinas para construção responsável pela criação da retroescavadeira, a JCB vai investir R$ 500 milhões no Brasil nos próximos cinco anos. O plano vai ser anunciado nesta sexta-feira, 14, num evento na fábrica da empresa em solo brasileiro, na cidade de Sorocaba.

A maior parte deste investimento — cerca de R$ 360 milhões — será na modernização da fábrica de Sorocaba. O dinheiro contemplará equipamentos novos, máquinas de corte e fabricação de novos componentes, pintura e digitalização do parque fabril. Outros R$ 50 milhões serão usados para nacionalizar alguns produtos que hoje são importados. O restante será investido na cadeia de distribuidores da empresa.

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O principal objetivo da empresa com o investimento é dobrar o tamanho das vendas no Brasil e na América Latina.

“Hoje, comercializamos 5 mil máquinas por ano. São 3,5 mil para o Brasil e 1,5 mil para a América Latina”, diz o presidente da JCB na América Latina, Adriano Merigli. “Queremos ir para 10 mil máquinas vendidas, mantendo uma proporção de crescimento no ano após ano”.

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Qual é a estrutura da JCB no Brasil hoje

Atualmente com 600 funcionários no Brasil, a empresa atua em três frentes de negócios. A mais representativa é de construção, com produtos como miniescavadeiras, carregadeiras, pás carregadeiras e retroescavadeiras. Há também equipamentos para o agronegócio e acessórios.

Aliás, a JCB é responsável pelas retroescavadeiras. O fundador da empresa, o inglês Joseph Bamford, estava numa viagem a negócios na Noruega nos anos de 1950 quando viu uma escavadeira em um trailer atrelado à parte traseira de um trator. Ele pensou em como melhorar a ideia, e inventou a primeira retroescavadeira do mundo.

Diferentemente das escavadeiras, usadas para escavações profundas e remoção de grandes volumes de terra, a retroescavadeira combina as funções de um trator com um braço articulado na parte traseira e uma pá carregadeira na frente. Essa configuração permite que a retroescavadeira realize tarefas de escavação e carregamento de material em uma única máquina, tornando-a ideal para projetos menores ou que exigem múltiplas funções.

Hoje, 30% do mercado de retroescavadeiras do Brasil está com a JCB. É um número importante e que já está no seu máximo, de acordo com Merigli. A outros mercados no radar, porém.

“Temos, por exemplo, 75% de mercado no segmento de manipuladores telescópicos que conseguem fazer a movimentação do grão de maneira precisa, mas é uma porcentagem sobre um valor ainda pequeno”.

A JCB está no Brasil desde 2001, mas a fábrica saiu do papel 11 anos depois. Desde 2021, a empresa estava num ciclo de investimento de R$ 120 milhões, que se encerra agora.

“Entendemos que os investimentos para nos posicionarmos no Brasil acabaram com o fim deste ciclo de investimento”, diz o presidente. “Agora, vamos para uma nova rodada de investimento, mas focada na expansão e fortalecimento da marca”.

No radar da expansão estão também novos programas governamentais, como o Novo PAC, que incentivam a construção civil e, consequentemente, sua cadeia, onde entra a JCB. Ainda assim, há muito mercado a ser ganho. “O mercado de construção no Brasil é de cerca de 30 mil máquinas vendidas por ano. Nos Estados Unidos, são 300 mil. Há muita possibilidade para gente”.

Hoje, os principais mercados da América Latina são:

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