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5 presidentes de empresas que não desgrudam dos clientes

Clique nas fotos para saber quais empresários e executivos não abrem mão de controlar de perto a qualidade do atendimento em suas lojas

Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza (Divulgação)

Tatiana Vaz

Publicado em 16 de abril de 2012 às 12h16.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h24.

São Paulo – A empresária Luiza Helena Trajano sempre foi conhecida por deixar a porta de sua sala aberta, literalmente, a todos os funcionários da rede. É comum ela ter contato direto com muitos deles, chamar alguns pelos nomes e não se limitar a apenas cumprimentar os funcionários, mas também saber um pouco mais sobre eles sempre que possível. Acontece que o controle da empresária sobre quem trabalha nas lojas do Magazine Luiza se estende também à maneira como seus clientes estão sendo tratados. No escritório central da rede na capital paulista, bem como na sede da rede em Franca, no interior de São Paulo, a sala da empresária e de alguns diretores da empresa, localizada no mezanino do prédio da Marginal Tietê, fica de frente para uma parede de vidro. De lá é possível ver tudo o que se passa na maior de todas as lojas da rede. “É bom para vermos como os clientes estão sendo atendidos e termos uma visão mais ampla do que precisamos melhorar em layout”, afirmou Luiza Helena na época da inauguração da sede.
  • 2. José Galló, Renner

    2 /5(Tamires Kopp/Exame)

  • “Sempre que vou a uma loja da Renner fico desconfiada se ele irá me reconhecer e vigiar o que compro”, brinca uma fornecedora da área administrativa da rede gaúcha. A preocupação dela não se dá à toa. É, por sinal, bem válida – e todos os funcionários da empresa sabem o motivo. José Galló, CEO da companhia com se de em Porto Alegre, tem em sua sala de 50 metros quadrados dois televisores grandes ligados o dia todo. As imagens que pipocam sem parar nos aparelhos são de lojas da rede espalhadas pelo país, captadas ao vivo e aleatoriamente escolhidas pelo sistema de câmeras instalado nos pontos. Com um controle remoto, imagens em tempo real de qualquer endereço de suas lojas ficam nas mãos do empresário, que dali verifica como está o atendimento aos clientes, os produtos em reposição, a fila dos caixas. Quando acha que precisa, ou vê algo que não gosta, Galló liga imediatamente ao gerente da loja para dar instruções de melhorias. É uma maneira fácil de ele olhar tudo, corrigir o que pode ser melhorado e de manter os funcionários na linha.
  • 3. Dimitrios Markakis, da Dicico

    3 /5(Daniela Toviansky, Cia de Foto)

  • Pragmático, racional, Dimitrios Markakis se define como um apaixonado por vendas. E sua trajetória não prova o contrário. O empresário começou sua história com a fundação dos Supermercados Cândia, no final da década de 80. Em 1999, comprou a Dicico, hoje uma das cinco maiores redes de material de construção do país. Lá decidiu trilhar um caminho que o deixasse no comando, sem afastá-lo das operações. Levou o plano ao pé da letra. Markakis não tem uma sala muito diferente das demais da empresa. E suas roupas também são iguais as dos funcionários. É fácil encontrá-lo percorrendo os corredores de suas lojas com um avental amarelo, como o dos atendentes, e um crachá de vendedor. “Operação é a minha paixão e atender bem os clientes é a alma do negócio. Não posso nem quero me desvencilhar disso”, diz ele. Desde 2009, Dimitrios divide a presidência da rede com Jorge Letra. Aos poucos, Letra está tomando conta de áreas da companhia como finanças e marketing, mas operação e logística ainda demoram a mudar de mãos. “Ele não consegue deixar a operação e o trato com os clientes”, diz um funcionário.
  • 4. Alberto Saraiva, fundador do Habibs

    4 /5(Reprodução/Exame)

    Dono de uma das maiores redes de fast food do país, Alberto Saraiva transformou a padaria dos pais em um conglomerado de negócios que fatura pouco mais de 1 bilhão de reais (a empresa não confirma o número). Além dos restaurantes do Habib´s e Ragazzo, de comida árabe e italiana respectivamente, seu grupo empresarial é formado por empresas de ramos complementares, como padaria, fabricação de queijos e leite, agência de turismo e uma doceria. Tudo indicaria, então, que o empresário estaria a essa altura apenas gerenciando os resultados de longe, pensando em estratégias e deixando de lado a parte operacional, certo? Errado. Desde que fundou a empresa, em 1988, Saraiva afirma nunca ter deixado de passar um final de semana sem visitar uma de suas lojas. Na grande maioria das vezes, de surpresa e na hora de maior movimento. Experimentar o que vende, perguntar a opinião de alguns clientes e visitar as cozinhas faz parte do roteiro dessas visitas. “Como poderei ver o que está ou não dando certo estando longe dos negócios?”, pergunta o empresário.
  • 5. Alair Martins, dono do Atacadista Martins

    5 /5(Germano Lüders/EXAME.com)

    Você pode nunca ter ouvido falar no grupo Martins, mas é quase improvável que não tenha consumido alguma coisa por meio dele em redes de supermercados. O grupo, criado em 1953, hoje distribui 16.000 tipos de produtos, de chocolates a laptops, para 350.000 varejistas do Amazonas ao Rio Grande do Sul. Tudo muito bem negociado e controlado de perto pelo fundador da empresa, o mineiro Alair Martins Nascimento. Martins criou a empresa a partir de um armazém montado com o dinheiro da venda da fazenda do pai e, desde então, cuida de tudo bem de perto. Ainda hoje, aos 77 anos, ele deixa a cidade de Uberlândia, no interior de Minas Gerais, uma vez por mês para visitar fornecedores e clientes espalhados pelo país. O objetivo é garantir lucro ao seu negócio e, por consequência, o bom preço aos varejistas e consumidores.
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