Fotos contam a história de Saverin, brasileiro do Facebook
Avesso aos holofotes, um dos criadores da rede social mais famosa do mundo leva uma vida quase anônima em Cingapura
Daniela Barbosa
Publicado em 3 de maio de 2013 às 08h14.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h37.
São Paulo - Luiz Eduardo Saverin é o 24º brasileiro mais rico do país e está entre os dez mais jovens bilionários do mundo. Em Cingapura, país que ele escolheu para viver, ele tem a oitava maior fortuna. Pela Forbes, Saverin tem um patrimônio avaliado em 2,2 bilhões de dólares e boa parte desse montante veio do Facebook: o empresário é co-fundador da rede social mais famosa do mundo. Na época, ele era amigo de Mark Zuckerberg , mas agora optou por viver uma vida quase anônima no continente asiático. Veja algumas imagens que contam um pouco mais da trajetória de um dos criadores do Facebook:
Saverin é um dos fundadores do Facebook . Junto com Zuckerberg e outros três amigos, o brasileiro criou a rede social em 2004, quando ainda era estudante em Harvard Na ocasião, o Facebook havia sido criado apenas para estudantes da universidade americana até que, com o tempo, ganhou outras proporções.
Saverin nasceu no Brasil, mas se mudou com a família para os Estados Unidos quando ainda criança, no início da década de 90, por conta da onda de sequestros por aqui. No país americano, o brasileiro foi morar em Miami, na Flórida. Ele estudou na Gulliver Preparatory School e conseguiu passar em Harvard. Saverin se formou em 2006 em Economia.
Há rumores de que Saverin investiu cerca de 30.000 dólares para ajudar na criação do Facebook. Como co-fundador, o brasileiro realizou o papel de diretor financeiro e gerente de negócios. Nesta imagem, uma das primeiras primeiras apresentações sobre o Facebook, em 2004, feita por Saverin.
O fato de Saverin ter esperteza para tocar um negócio foi uma das peças-chaves para que Zuckerberg se aproximasse do brasileiro e o quisesse como sócio. O livro "Bilionários por acaso - a criação do Facebook", de Ben Mezrich, conta que Saverin teria impressionado os colegas de Harvard depois de ganhar 300.000 dólares negociando contratos de petróleo.
Embora tenha participado assiduamente da criação do Facebook, Saverin precisou recorrer à Justiça para ser reconhecido como co-fundador da rede social. Os detalhes do acordo entre ele e Zuckerberg nunca foram revelados. A estimativa é de que o brasileiro tenha hoje uma fatia de menos de 5% do Facebook, apesar de já ter sido dono do dobro disso no passado.
Eduardo Saverin não gosta muito de aparecer. Discreto, não costuma dar muita entrevista, principalmente para se o assunto for falar da sua vida pessoal e de sua participação no Facebook. No Brasil, ele deu uma entrevista para a revista Veja, em maio do ano passado, em que detalhou um pouco mais sua trajetória. Nela, o bilionário brasileiro chegou a declarar que não tinha nenhuma mágoa de Zuckerberg. “Só posso falar bem do Mark, não tenho ressentimento algum; é admirável o foco dele desde o primeiro dia até hoje”, disse à Veja.
Além de Zuckerberg, outros estudantes de Havard também participaram da criação do Facebook. Chris Hughes é um deles. Na rede social, ele atuou como porta-voz. Hoje, no entanto, ele é mais conhecido por ter participado da campanha presidencial de Barack Obama em 2008. A rede social não deixou Hughes bilionário. Ele atualmente é dono e editor-chefe do The New Republic.
Dustin Moskovitz é outro co-fundador do Facebook e um dos que ficou mais tempo ao lado de Zuckerberg. Enquanto os outros sócios saíram entre 2004 e 2006, Moskovitz permaneceu na rede social até 2008, quando saiu para criar uma nova empresa, a Asana. No Facebook, Moskovitz foi o primeiro diretor de tecnologia da empresa e o primeiro vice-presidente de engenharia.
Muitas das batalhas jurídicas por participações no Facebook foram contadas no livro "Bilionários por acaso - a criação do Facebook", de Ben Mezrich, que depois chegou a inspirar a produção do filme “A Rede Social”. Nos cinemas, Saverin foi representado pelo ator Andrew Garfield.
No ano passado, Saverin renunciou à cidadania norte-americana. O bilionário achou mais prático se tornar um residente de Cingapura, uma vez que planeja viver no país asiático durante muito tempo. Há quem diga que Saverin abriu mão da cidadania porque não queria pagar impostos ao governo americano. O senador do Estados Unidos, Charles Schumer, chegou a afirmar que era preciso criar uma lei que obriguasse as pessoas que renunciam à cidadania americana a pagar impostos como os demais cidadãos. Ele era a favor, por exemplo, de proibir "pessoas como Saverin" de voltar ao país.
Depois de ganhar muito dinheiro com o Facebook, Eduardo investe agora em startups. Em 2011, ele aportou 8 milhões de dólares na enciclopédia visual Qwiki. No mesmo ano, ele também investiu mais 3 milhões de dólares na Jumio - fornecedora de soluções para pagamentos.
Embora o interesse de Saverin seja em empresas de tecnologia, o brasileiro gosta de diversificar seus investimentos. Um exemplo foi o aporte feito por ele na empresa de cosméticos da modelo asiática Rachel Kum – que o classifica como mentor e grande amigo.
Há indícios de que Saverin trocou o os Estados Unidos por Cingapura para fugir das lentes dos fotógrafos que o perseguiam e do assédio das pessoas. No país asiático, onde mora desde 2009, o bilionário aparentemente leva uma vida mais simples. Ele vive em condomínio de luxo afastado do grande agito e faz de um dos cômodos da casa, o seu escritório. Saverin, no entanto, já foi apontado como um verdadeiro boêmio das noites em Cingapura. Se é verdade? Nunca se viu uma foto dele curtindo a vida adoidado.
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