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Zapatero entra em campanha eleitoral para apoiar candidato socialista

Presidente do governo na Espanha viajou da cidade de Málaga, no sul do país, para apoiar o candidato socialista a sucedê-lo

Em seu discurso, o chefe do governo, que continua como secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), apelou à mobilização da "maioria progressista" (Eduardo Parra/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2011 às 19h33.

Málaga - O presidente do governo da Espanha e líder socialista, José Luis Rodríguez Zapatero, participou nesta quarta-feira de seu único comício ao lado do candidato de seu partido, Alfredo Pérez Rubalcaba, que tenta reverter resultados adversos nas pesquisas às vésperas das eleições gerais no país, que serão realizadas no próximo domingo.

Em uma jornada eleitoral na qual novamente a economia e a pressão dos mercados financeiros sobre a dívida espanhola foram destaques, Zapatero viajou da cidade de Málaga, no sul do país, para apoiar o candidato socialista a sucedê-lo.

Em seu discurso, o chefe do governo, que continua como secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), apelou à mobilização da "maioria progressista" e elogiou a personalidade e o trabalho desempenhado por Rubalcaba, assim como sua capacidade de decidir. Ele também afirmou que a derrota da organização terrorista ETA não teria sido possível sem ele.

"Nada tivesse sido possível sem Alfredo Pérez Rubalcaba", ressaltou, ao se referir ao anúncio da ETA, em 20 de outubro, de cessar "definitivamente de sua atividade armada".

Rubalcaba foi primeiro vice-presidente do governo de Zapatero e também ministro do Interior, por isso era o principal responsável pela luta antiterrorista.

O chefe do Executivo defendeu também a gestão da crise feita por seu governo.

"Agora todo mundo já sabe que a crise não é da Espanha, mas global e europeia, que temos menos dívida pública que a França e a Alemanha, mas ela nos afeta", declarou, destacando que seu partido "é capaz de se sacrificar" pelo interesse geral do país.

Neste contexto, ele reprovou o opositor Partido Popular (PP), apontado nas pesquisas como grande favorito para vencer o pleito do dia 20, por não ter apoiado seu governo e a Espanha "nem nos momentos fáceis, nem nos difíceis".


Rubalcaba foi eleito pelo PSOE para liderar a chapa do partido nas eleições depois que Zapatero - que derrotou Mariano Rajoy em 2004 e 2008 - anunciou que não concorreria a um terceiro mandato. Até hoje, o líder socialista e chefe do Executivo mantinha-se discreto durante a campanha, com raras aparições.

As pesquisas indicam um forte castigo ao PSOE pelas consequências da crise, especialmente pelo alto desemprego - que atinge mais de 21% da população ativa, sendo 45% deles menores de 25 anos -, e uma ampla vitória do PP, que pode conseguir facilmente mais do que as 176 cadeiras necessárias para se obter a maioria absoluta na Câmara dos Deputados.

Os socialistas esperam evitar a derrota indicada nas pesquisas com os votos de última hora dos indecisos, e centraram sua reta final de campanha na mobilização da parte de seu eleitorado mais desmotivada e decepcionada.

Sob o lema "Lute pelo que queres", os socialistas multiplicaram seus atos eleitorais por todo o país, e pretendem repetir pelo menos sua performance nas eleições de 1996, quando, embora tivessem perdido, tiveram uma derrota amena, na qual Felipe González ficou a apenas 1,2 pontos percentuais de José María Aznar.

Agora, o PSOE se vê encurralado pela crise econômica e os mercados financeiros, que afetam a dívida soberana do país, que hoje bateu um novo recorde ao fechar em 460 pontos básicos, sua posição mais alta desde a implantação do euro.

Muito diferentes são as sensações vividas pelo principal rival do PSOE, o PP, que concentra seus esforços em aumentar o máximo possível a maioria absoluta que as pesquisas preveem à legenda.

Nesta quarta, o candidato do PP a presidente do governo, Mariano Rajoy, afirmou em um comício na Catalunha que se apresentou às eleições para evitar que a Espanha continue por mais tempo "na política da avestruz", esperando "que o leão fuja".

No próximo domingo, dia 20, cerca de 36 milhões de eleitores espanhóis vão escolher os 350 membros da Câmara dos Deputados e os 208 do Senado.

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Em uma jornada eleitoral na qual novamente a economia e a pressão dos mercados financeiros sobre a dívida espanhola foram destaques, Zapatero viajou da cidade de Málaga, no sul do país, para apoiar o candidato socialista a sucedê-lo.

Em seu discurso, o chefe do governo, que continua como secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), apelou à mobilização da "maioria progressista" e elogiou a personalidade e o trabalho desempenhado por Rubalcaba, assim como sua capacidade de decidir. Ele também afirmou que a derrota da organização terrorista ETA não teria sido possível sem ele.

"Nada tivesse sido possível sem Alfredo Pérez Rubalcaba", ressaltou, ao se referir ao anúncio da ETA, em 20 de outubro, de cessar "definitivamente de sua atividade armada".

Rubalcaba foi primeiro vice-presidente do governo de Zapatero e também ministro do Interior, por isso era o principal responsável pela luta antiterrorista.

O chefe do Executivo defendeu também a gestão da crise feita por seu governo.

"Agora todo mundo já sabe que a crise não é da Espanha, mas global e europeia, que temos menos dívida pública que a França e a Alemanha, mas ela nos afeta", declarou, destacando que seu partido "é capaz de se sacrificar" pelo interesse geral do país.

Neste contexto, ele reprovou o opositor Partido Popular (PP), apontado nas pesquisas como grande favorito para vencer o pleito do dia 20, por não ter apoiado seu governo e a Espanha "nem nos momentos fáceis, nem nos difíceis".


Rubalcaba foi eleito pelo PSOE para liderar a chapa do partido nas eleições depois que Zapatero - que derrotou Mariano Rajoy em 2004 e 2008 - anunciou que não concorreria a um terceiro mandato. Até hoje, o líder socialista e chefe do Executivo mantinha-se discreto durante a campanha, com raras aparições.

As pesquisas indicam um forte castigo ao PSOE pelas consequências da crise, especialmente pelo alto desemprego - que atinge mais de 21% da população ativa, sendo 45% deles menores de 25 anos -, e uma ampla vitória do PP, que pode conseguir facilmente mais do que as 176 cadeiras necessárias para se obter a maioria absoluta na Câmara dos Deputados.

Os socialistas esperam evitar a derrota indicada nas pesquisas com os votos de última hora dos indecisos, e centraram sua reta final de campanha na mobilização da parte de seu eleitorado mais desmotivada e decepcionada.

Sob o lema "Lute pelo que queres", os socialistas multiplicaram seus atos eleitorais por todo o país, e pretendem repetir pelo menos sua performance nas eleições de 1996, quando, embora tivessem perdido, tiveram uma derrota amena, na qual Felipe González ficou a apenas 1,2 pontos percentuais de José María Aznar.

Agora, o PSOE se vê encurralado pela crise econômica e os mercados financeiros, que afetam a dívida soberana do país, que hoje bateu um novo recorde ao fechar em 460 pontos básicos, sua posição mais alta desde a implantação do euro.

Muito diferentes são as sensações vividas pelo principal rival do PSOE, o PP, que concentra seus esforços em aumentar o máximo possível a maioria absoluta que as pesquisas preveem à legenda.

Nesta quarta, o candidato do PP a presidente do governo, Mariano Rajoy, afirmou em um comício na Catalunha que se apresentou às eleições para evitar que a Espanha continue por mais tempo "na política da avestruz", esperando "que o leão fuja".

No próximo domingo, dia 20, cerca de 36 milhões de eleitores espanhóis vão escolher os 350 membros da Câmara dos Deputados e os 208 do Senado.

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