Xi Jinping conclui agenda na América do Sul com foco em cooperação e parcerias estratégicas
Visitas ao Brasil e Peru consolidam liderança chinesa no comércio e desenvolvimento global, além de reforçar laços bilaterais históricos
Estagiária de jornalismo
Publicado em 25 de novembro de 2024 às 15h38.
Última atualização em 25 de novembro de 2024 às 15h43.
O presidente da China, Xi Jinping, encerrou no sábado (23) uma viagem diplomática de 11 dias que incluiu participações na 31ª Reunião da APEC, na 19ª Cúpula do G20 e visitas de Estado ao Brasil e ao Peru. Segundo o Ministério das Relações Exteriores chinês, a agenda foi marcada por 40 encontros bilaterais e multilaterais e pela assinatura de mais de 60 acordos de cooperação. A missão reforçou o papel da China como um ator-chave no desenvolvimento global sustentável.
Durante a Cúpula da APEC, em Lima, Xi Jinping destacou a importância da cooperação multilateral e inovação verde para o desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável. No Rio de Janeiro, durante o G20, apresentou propostas para crescimento econômico resiliente e anunciou oito novas ações para combater fome e pobreza globalmente.
Iniciativas marcantes no Peru e no Brasil
No Peru, Xi Jinping participou da inauguração, por videoconferência, do Porto de Chancay, ao lado da presidente Dina Boluarte. O projeto foi descrito como o primeiro porto inteligente e sustentável da América do Sul e um marco no comércio entre Ásia e América Latina.
Já no Brasil, Xi encontrou-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, consolidando o relacionamento como o “melhor da história”, segundo Wang Yi, chanceler chinês. Os líderes anunciaram a elevação da parceria para uma “comunidade com futuro compartilhado”, fortalecendo a cooperação em comércio e tecnologia.
Encontros bilaterais com grandes potências
Xi também se reuniu com o presidente dos EUA, Joe Biden, reafirmando a importância de relações estáveis entre os países para garantir a estabilidade global. Durante diálogos com líderes da França, Alemanha e Reino Unido, Xi defendeu uma visão estratégica para as relações sino-europeias.
A viagem reforçou a mensagem de que a China busca diálogo, cooperação e desenvolvimento sustentável, consolidando seu papel como um ator central na governança global.