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WikiLeaks: soldado revela condições 'degradantes' na prisão

Bradley Manning, 24 anos, é acusado de entregar ao WikiLeaks entre novembro de 2009 e maio de 2010 documentos secretos sobre as guerras do Iraque e Afeganistão

Wikileaks: Bradley Manning, 24 anos, pode passar o resto da vida na prisão se for condenado (Getty Images/AFP/Arquivo / Alex Wong)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2012 às 06h33.

Fort Mead - O soldado Bradley Manning compareceu nesta terça-feira ao tribunal militar de Fort Meade, em Maryland, para uma audiência consagrada ao severo regime carcerário imposto ao militar que entregou milhares de documentos secretos ao site WikiLeaks .

Na audiência, o advogado David Coombs tratou de demonstrar a responsabilidade do governo americano no severo regime de isolamento imposto a Manning na prisão militar de Quantico, na região de Washington, sob a falsa alegação de que corria risco de suicídio.

O ex-comandante da prisão, coronel Daniel Choike, justificou a decisão de impor condições especiais a Manning devido a seus "pensamentos suicidas", detectados "constantemente" em um "procedimento coletivo cotidiano".

Citado e interrogado pela defesa, Choike admitiu ter recebido instruções sobre a "importância do caso" após a chegada de Manning à prisão, em julho de 2010, diante do "risco de suicídio", da "gravidade das acusações" e da "cobertura substancial da mídia".

Afirmando que o Exército abusou de sua autoridade, a defesa pediu a retirada de todas as acusações contra Manning, com base no artigo do código militar que proíbe "castigo ilegal antes do julgamento".


Coombs citou o isolamento total do prisioneiro durante sua detenção de nove meses em Quantico, intimidação, nudez forçada, proibição de fazer exercícios e até a ausência de banho de sol.

"Ficou detido em isolamento durante nove meses em condições que o enviado da ONU qualificou de desumanas e degradantes", disse à AFP Emma Cape, militante pacifista da rede de apoio a Bradley Manning.

Dezenas de manifestantes protestaram na entrada de Fort Meade para exigir a libertação de Manning, afirmando que "denunciar crimes de guerra não pode ser um crime".

Manning, 24 anos, é acusado de entregar ao WikiLeaks entre novembro de 2009 e maio de 2010 documentos secretos sobre as guerras do Iraque e Afeganistão, além de 260 mil despachos do departamento de Estado.

O soldado, que optou por ser julgado em um tribunal militar, pode ser condenado à prisão perpétua por colaborar com o inimigo.

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Fort Mead - O soldado Bradley Manning compareceu nesta terça-feira ao tribunal militar de Fort Meade, em Maryland, para uma audiência consagrada ao severo regime carcerário imposto ao militar que entregou milhares de documentos secretos ao site WikiLeaks .

Na audiência, o advogado David Coombs tratou de demonstrar a responsabilidade do governo americano no severo regime de isolamento imposto a Manning na prisão militar de Quantico, na região de Washington, sob a falsa alegação de que corria risco de suicídio.

O ex-comandante da prisão, coronel Daniel Choike, justificou a decisão de impor condições especiais a Manning devido a seus "pensamentos suicidas", detectados "constantemente" em um "procedimento coletivo cotidiano".

Citado e interrogado pela defesa, Choike admitiu ter recebido instruções sobre a "importância do caso" após a chegada de Manning à prisão, em julho de 2010, diante do "risco de suicídio", da "gravidade das acusações" e da "cobertura substancial da mídia".

Afirmando que o Exército abusou de sua autoridade, a defesa pediu a retirada de todas as acusações contra Manning, com base no artigo do código militar que proíbe "castigo ilegal antes do julgamento".


Coombs citou o isolamento total do prisioneiro durante sua detenção de nove meses em Quantico, intimidação, nudez forçada, proibição de fazer exercícios e até a ausência de banho de sol.

"Ficou detido em isolamento durante nove meses em condições que o enviado da ONU qualificou de desumanas e degradantes", disse à AFP Emma Cape, militante pacifista da rede de apoio a Bradley Manning.

Dezenas de manifestantes protestaram na entrada de Fort Meade para exigir a libertação de Manning, afirmando que "denunciar crimes de guerra não pode ser um crime".

Manning, 24 anos, é acusado de entregar ao WikiLeaks entre novembro de 2009 e maio de 2010 documentos secretos sobre as guerras do Iraque e Afeganistão, além de 260 mil despachos do departamento de Estado.

O soldado, que optou por ser julgado em um tribunal militar, pode ser condenado à prisão perpétua por colaborar com o inimigo.

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