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Governo australiano usou imigrantes ilegais como arma política

Governo usava imigrantes ilegais que chegavam ao país todos os anos para obter vantagens políticas, segundo documentos revelados pelo site WikiLeaks

Kevin Rudd foi primeiro-ministro entre 2007 e 2010 (Stefan Postles/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 06h51.

Sidney - A gestão do ex-primeiro-ministro Kevin Rudd tentou usar os imigrantes ilegais que chegam ao país todos os anos para obter vantagens políticas, segundo documentos revelados pelo site "WikiLeaks" que foram publicados pelo diário local "Sydney Morning Herald" nesta quinta-feira.

A organização decidiu revelar os documentos da Embaixada dos Estados Unidos em Canberra um dia depois do naufrágio de um barco com dezenas de clandestinos na ilha de Christmas, acidente que deixou pelo menos 28 mortos.

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Rudd, primeiro-ministro entre 2007 e 2010 e atual titular de Relações Exteriores, teria exagerado no reporte dos problemas causados pela chegada dos imigrantes ilegais por via marítima para tirar votos dos conservadores.

Telegramas diplomáticos dos Estados Unidos afirmam que Peter Khalil, então assessor do chefe do Executivo australiano, recomendou que Rudd divulgasse que 60 mil estrangeiros se estabelecem ilegalmente na Austrália todos os anos, apesar de a maioria chegar de avião e com visto.

Muitos não renovam seus documentos e decidem permanecer de forma irregular no país, e Khalil quis convencer Rudd a enganar a população assegurando que as chegadas pelo mar são em menor número que as por via aérea.

A questão dos imigrantes também foi manipulada pela opositora Coalizão Liberal, com um de seus dirigentes afirmando que "quanto mais navios chegarem, melhor".

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