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Washington nega mudanças na lei migratória para cubanos

A Guarda Costeira dos Estados Unidos desmentiu rumores de possíveis mudanças nas leis migratórias a favor dos cubanos

O capitão Mark Fedor, da Guarda Costeira (Joe Raedle/AFP)

O capitão Mark Fedor, da Guarda Costeira (Joe Raedle/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 23h21.

Miami - A Guarda Costeira dos Estados Unidos desmentiu nesta sexta-feira os "rumores" de possíveis mudanças nas leis migratórias a favor dos cubanos, ao anunciar que repatriou 57 cidadãos da Ilha resgatados de precárias balsas.

"Sabemos que há traficantes (de pessoas) que estão propagando rumores de mudanças em nossa política migratória e que algumas pessoas acreditam nisso", disse o capitão Mark Fedor, da Guarda Costeira, em um comunicado.

"Devem entender que as missões da Guarda Costeira não mudaram. De modo que, se encontrarmos imigrantes no mar, vamos devolvê-los a seu país de origem", declarou Fedor.

Segundo a legislação americana, os cubanos que chegarem ao território nacional poderão ficar no país e receber facilidades trabalhistas. Se forem interceptados no mar, porém, serão devolvidos a Cuba.

O fluxo de balseiros para os Estados Unidos aumentou desde que Washington e Havana começaram, no final do ano passado, o processo de normalização das relações após meio século de ruptura. O medo é que cheguem ao fim os benefícios migratórios restritos aos cidadãos cubanos.

O governo de Barack Obama reiterou que não há planos para modificar as leis migratórias.

A Guarda Costeira afirma que patrulha "agressivamente" o Estreito da Flórida, os 150 km de mar que separam Cuba do estado da Flórida.

Nesta sexta-feira, a corporação levou para Bahía de Cabañas, em Cuba, os 57 imigrantes cubanos que foram resgatados de três balsas diferentes nos últimos dias no Estreito da Flórida.

No último ano fiscal que terminou em setembro, 4.462 cubanos tentaram ou chegaram aos Estados Unidos pelo mar. No período anterior, segundo estatísticas oficiais, foram 3.940 cubanos.

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