Warner Music rejeita proposta de compra da EMI
Em nota, EMI afirma que continua interessada no negócio
Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.
A Warner Music rejeitou, nesta terça-feira (2/5), uma proposta de compra apresentada pela EMI, no valor de 4,2 bilhões de dólares em dinheiro e ações. Divulgada no dia 1º de maio, a oferta equivalia a 28,50 dólares por ação da Warner Music, mas o conselho de administração da gravadora afirmou que "a oferta não atende aos interesses dos acionistas e foi rejeitada por unanimidade".
A Warner é o menor dos grandes grupos fonográficos que sobraram do processo mundial de consolidação do setor e possui uma grande quantidade de selos, como o Atlantic e o Warner Bros. A companhia está na mira da EMI há anos. Em nota, a EMI afirmou que não desistiu da empreitada. "O conselho de administração da EMI segue acreditando que a aquisição da Warner Music seria muito atraente para os acionistas das duas empresas", declarou a gravadora, que detém os selos Capitol e Virgin.
Segundo o americano The Wall Street Journal, as tentativas anteriores de um acordo sempre falharam por divergências sobre o modelo de controle e o preço da fusão. Além disso, os órgãos reguladores de mercado também são uma sombra sobre uma eventual união das duas gravadoras, embora especialistas acreditem que a aprovação da compra está mais fácil atualmente do que há alguns anos, mesmo que isso signifique maior concentração do mercado fonográfico.
A Warner Music foi comprada em 2004 por um grupo de investidores liderado por Edgar Bronfman, atual presidente executivo e do conselho de administração da companhia. Pelo negócio, os investidores pagaram 2,6 bilhões de dólares à antiga controladora da empresa, a Time Warner. Além de abrir o capital da companhia, no ano passado, Bronfman concentrou-se em traçar uma estratégia para explorar o mercado de música digital, a fim de sobreviver ao surgimento das novas tecnologias.