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Visita do Papa ao Equador vai enfatizar debate ambiental

No primeiro documento papal dedicado ao meio ambiente, o pontífice argentino exortou os líderes mundiais a ouvirem “o grito da Terra e o grito dos pobres”

“Este século pode muito bem testemunhar uma mudança climática extraordinária e uma destruição inédita de ecossistemas”, alertou o papa Francisco (Alberto Pizzoli/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2015 às 12h26.

Quito - O Equador é uma das nações com maior biodiversidade da Terra, podendo se orgulhar de ter parte da floresta amazônica, das montanhas dos Andes e as Ilhas Galápagos, onde Charles Darwin formulou sua teoria da evolução.

Mas, por ser muito dependente do petróleo e da mineração, o Equador, onde o papa Francisco inicia sua turnê sul-americana neste final de semana, é o exemplo cabal das tensões entre política, negócios e o meio ambiente no cerne da histórica encíclica do mês passado.

No primeiro documento papal dedicado ao meio ambiente, o pontífice argentino exortou os líderes mundiais a ouvirem “o grito da Terra e o grito dos pobres” e reverterem a degradação humana do planeta.

“Este século pode muito bem testemunhar uma mudança climática extraordinária e uma destruição inédita de ecossistemas”, alertou o papa, que chega à capital Quito no domingo, primeira parada de um giro que ainda inclui Bolívia e Paraguai.

O presidente do Equador, o esquerdista Rafael Correa, que venceu a eleição de 2006 em parte com a promessa de preservar a biodiversidade única do país, está sob fogo cerrado dos ambientalistas, que afirmam que ele prioriza os negócios.

Embora os ativistas não tenham encontro marcado com o papa, esperam que sua simples presença, dada a atenção internacional recente à sua encíclica, fortaleça suas causas, que vão desde a interrupção da exploração de petróleo na floresta de Yasuni ao bloqueio de uma nova lei que eles temem levar a uma comercialização excessiva de Galápagos.

Manifestantes contrários a Correa, que vêm tomando as ruas nas últimas semanas para se queixarem dos aumentos de impostos e da suposta autocracia do governo, também podem erguer a bandeira ambiental para tentar constranger o presidente durante a visita de Francisco.

Uma das nações mais pobres da América do Sul, o pequeno país andino de 15 milhões de habitantes simboliza as tensões vistas em todo o continente rico de recursos.

Membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Equador tem no petróleo metade de sua receita externa, de acordo com o Banco Mundial, e produz cerca de meio milhão de barris por dia.

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Quito - O Equador é uma das nações com maior biodiversidade da Terra, podendo se orgulhar de ter parte da floresta amazônica, das montanhas dos Andes e as Ilhas Galápagos, onde Charles Darwin formulou sua teoria da evolução.

Mas, por ser muito dependente do petróleo e da mineração, o Equador, onde o papa Francisco inicia sua turnê sul-americana neste final de semana, é o exemplo cabal das tensões entre política, negócios e o meio ambiente no cerne da histórica encíclica do mês passado.

No primeiro documento papal dedicado ao meio ambiente, o pontífice argentino exortou os líderes mundiais a ouvirem “o grito da Terra e o grito dos pobres” e reverterem a degradação humana do planeta.

“Este século pode muito bem testemunhar uma mudança climática extraordinária e uma destruição inédita de ecossistemas”, alertou o papa, que chega à capital Quito no domingo, primeira parada de um giro que ainda inclui Bolívia e Paraguai.

O presidente do Equador, o esquerdista Rafael Correa, que venceu a eleição de 2006 em parte com a promessa de preservar a biodiversidade única do país, está sob fogo cerrado dos ambientalistas, que afirmam que ele prioriza os negócios.

Embora os ativistas não tenham encontro marcado com o papa, esperam que sua simples presença, dada a atenção internacional recente à sua encíclica, fortaleça suas causas, que vão desde a interrupção da exploração de petróleo na floresta de Yasuni ao bloqueio de uma nova lei que eles temem levar a uma comercialização excessiva de Galápagos.

Manifestantes contrários a Correa, que vêm tomando as ruas nas últimas semanas para se queixarem dos aumentos de impostos e da suposta autocracia do governo, também podem erguer a bandeira ambiental para tentar constranger o presidente durante a visita de Francisco.

Uma das nações mais pobres da América do Sul, o pequeno país andino de 15 milhões de habitantes simboliza as tensões vistas em todo o continente rico de recursos.

Membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Equador tem no petróleo metade de sua receita externa, de acordo com o Banco Mundial, e produz cerca de meio milhão de barris por dia.

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