Vice-presidente paraguaio rejeita entrada de Venezuela no Mercosul
Assunção - O vice-presidente do Paraguai, Federico Franco, afirmou hoje que, devido às atitudes antidemocráticas do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não há condições para o ingresso deste país no Mercosul. "Há uma cláusula democrática no Tratado do Mercosul. Não se pode apagar com o cotovelo o que se escreve com a mão", declarou Franco […]
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2010 às 14h25.
Assunção - O vice-presidente do Paraguai, Federico Franco, afirmou hoje que, devido às atitudes antidemocráticas do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não há condições para o ingresso deste país no Mercosul.
"Há uma cláusula democrática no Tratado do Mercosul. Não se pode apagar com o cotovelo o que se escreve com a mão", declarou Franco à imprensa, em crítica ao regime político venezuelano.
A decisão sobre a adesão da Venezuela ao bloco sul-americano (integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) ficou nas mãos do Paraguai depois de o Congresso brasileiro aprovar esse pedido, em dezembro de 2009, de acordo com o protocolo de adesão pactuado pelos Governos dos quatro países em 2006.
"Não estão dadas as condições para o ingresso da Venezuela no Mercosul pelas ações antidemocráticas de seu presidente", afirmou o vice-presidente do Paraguai, que não esconde suas desavenças com o presidente do país, Fernando Lugo.
Segundo Franco, "hoje, o Parlamento não tem nenhum esboço de pedido sobre a entrada da Venezuela no Mercosul", em alusão à retirada desse pedido realizado pelo Executivo diante do temor da rejeição do ingresso.
O vice-presidente comentou que perguntou a Lugo "se havia alguma posição sobre o ingresso da Venezuela" no bloco sul-americano e que o governante lhe respondeu que "não tinha nenhuma" opinião a respeito.
Por sua vez, o chefe de Gabinete da Presidência, Miguel López Perito, disse a jornalistas que "tem de haver um amplo debate político, do ponto de vista econômico e social" sobre o assunto.