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Vice-presidente do Quênia alega inocência em Haia

Quenianos esperam que julgamento de político não volte a estimular a violência política no país

Vice-presidente do Quênia: Ruto e Joshua arap Sang foram indiciados por orquestrarem juntos uma chacina após eleições nacionais há cinco anos (Michael Kooren/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 10h47.

Haia/Nairóbi - O vice-presidente do Quênia , William Ruto, alegou inocência das acusações de crimes contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional (TPI) nesta terça-feira, num julgamento que os quenianos esperam que não volte a estimular a violência política no país.

Ruto e Joshua arap Sang, também acusado no mesmo caso, foram indiciados por orquestrarem juntos uma chacina após eleições nacionais há cinco anos, conspirando para assassinar, deportar e perseguir apoiadores do partido político rival na região do Vale do Rift.

"Os crimes pelos quais os senhores Ruto e Sang são acusados não foram somente atos espontâneos e aleatórios de brutalidade", disse Fatou Bensouda, promotor do TPI, ao descrever as acusações perante a corte.

"Este foi um plano de violência cuidadosamente planejado e executado... O objetivo final de Ruto era conquistar poder político para si mesmo e seu partido caso não fosse capaz de consegui-lo através das urnas." É a primeira vez que uma autoridade comparece diante de um tribunal para enfrentar um julgamento internacional enquanto ainda ocupando o cargo.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, antigo inimigo político de Ruto e atual aliado, também vai enfrentar julgamento sob acusações semelhantes de crimes contra a humanidade no início de novembro.

Membros rivais das tribos Kikuyu, de Kenyatta, e Kalenjin, de Ruto, empunharam facões, machetes, arcos e flechas e partiram para uma onda de violência após uma eleição contestada em 2007, matando 1,2 mil pessoas e desalojando centenas de milhares de suas casas.

Este ano, Kenyatta e Ruto enterraram as diferenças e uniram forças para outra eleição, pacífica em comparação com 2007. A chapa chamada Aliança Jubileu foi eleita em março após uma campanha em que seus apoiadores criticaram o TPI por se meter em assuntos quenianos.

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Ruto e Joshua arap Sang, também acusado no mesmo caso, foram indiciados por orquestrarem juntos uma chacina após eleições nacionais há cinco anos, conspirando para assassinar, deportar e perseguir apoiadores do partido político rival na região do Vale do Rift.

"Os crimes pelos quais os senhores Ruto e Sang são acusados não foram somente atos espontâneos e aleatórios de brutalidade", disse Fatou Bensouda, promotor do TPI, ao descrever as acusações perante a corte.

"Este foi um plano de violência cuidadosamente planejado e executado... O objetivo final de Ruto era conquistar poder político para si mesmo e seu partido caso não fosse capaz de consegui-lo através das urnas." É a primeira vez que uma autoridade comparece diante de um tribunal para enfrentar um julgamento internacional enquanto ainda ocupando o cargo.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, antigo inimigo político de Ruto e atual aliado, também vai enfrentar julgamento sob acusações semelhantes de crimes contra a humanidade no início de novembro.

Membros rivais das tribos Kikuyu, de Kenyatta, e Kalenjin, de Ruto, empunharam facões, machetes, arcos e flechas e partiram para uma onda de violência após uma eleição contestada em 2007, matando 1,2 mil pessoas e desalojando centenas de milhares de suas casas.

Este ano, Kenyatta e Ruto enterraram as diferenças e uniram forças para outra eleição, pacífica em comparação com 2007. A chapa chamada Aliança Jubileu foi eleita em março após uma campanha em que seus apoiadores criticaram o TPI por se meter em assuntos quenianos.

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