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Vice-presidente da Argentina depõe em caso de corrupção

O vice-presidente da Argentina apresentou-se para depor como acusado por um juiz federal que investiga caso de corrupção

O vice-presidente da Argentina, Amado Boudou: Boudou disse estar muito tranquilo (Jose Cabezas/AFP)
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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2014 às 13h21.

Buenos Aires - O vice-presidente da Argentina , Amado Boudou, apresentou-se nesta segunda-feira para depor como acusado por um juiz federal que investiga a compra da empresa Ciccone Calcográfica, a única emissora de cédulas e documentos oficiais, quando era ministro da Economia, em 2010.

Pela primeira vez na história argentina, um vice-presidente em exercício será interrogado em um caso de corrupção .

Cercado por dezenas de fotógrafos, Boudou chegou ao tribunal de Buenos Aires afirmando estar muito tranquilo.

"Vou dizer a verdade", afirmou.

São Paulo – Em meio a uma CPI silenciosa, protagonizada por Carlos Cachoeira - que não respondeu nenhuma pergunta quando apresentou-se na Comissão nessa semana – a corrupção na política brasileira ganha, mais uma vez, os holofotes. Cachoeira, Demóstenes Torres e Fernando Cavendish são alguns dos nomes em evidência no escândalo da vez. Mas de Sanguessugas a Mensalão, passando por PC Farias, Anões do Orçamento e companhia, não faltam episódios que deixaram marcas pouco agradáveis – mas que não devem ser esquecidas – na história recente da democracia brasileira. Clique nas fotos para conferir uma seleção de livros que abordam alguns escândalos de corrupção no país.
  • 2. Sanguessugas do Brasil

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    O título reúne 12 casos de corrupção, dentre eles, o que dá nome ao livro, a “máfia dos sanguessugas”. O episódio baseia-se em uma operação da Polícia Federal e do MPF que desvendou a existência de uma quadrilha formada por empresários, políticos e servidores públicos para desviar dinheiro da saúde pública. Os textos foram escritos ao longo de 20 anos. As histórias foram acompanhadas pelo autor, o jornalista Lúcio Vaz. Há casos sobre desvios de verbas de infraestrutura, fraudes na distribuição de remédios, obras inacabadas e até a apropriação de bolsas de estudos destinadas aos indígenas. O autor levantou o andamento desses casos na justiça e observou que, dentre 150 envolvidos, ninguém foi julgado até hoje. Há, inclusive, acusados que já ocupam cargos públicos, segundo o jornalista. O caso que abre o livro, o Mensalão, deve ser julgado pelo STF nesse ano, segundo previsão do tribunal.
  • 3. Honoráveis Bandidos

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  • O livro detalha os escândalos envolvendo a família Sarney (senador do Amapá pelo PMDB) e também mostra algumas intimidades da família e de seu patriarca. Na época, as livrarias do Maranhão se recusaram a lançar a obra. O dia do lançamento teve protestos. Apesar de ser focado no clã Sarney, o livro também relembra escândalos como o de Renan Calheiros, acusado de usar dinheiro da Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem Renan teve uma filha fora do casamento. Renan Calheiros foi presidente do Senado e hoje é senador de Alagoas pelo PMDB. O livro, do jornalista Palmério Dória, chegou a ficar entre os mais lidos do país em 2010.
  • 4. Morcegos negros

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    Morcegos Negros relata o Esquema PC, que operou durante o governo Collor. O livro, do jornalista Lucas Figueiredo, indica que o Esquema PC tinha conexões com o crime organizado internacional – para alguns críticos, há indícios de ligações, mas não provas. O livro detalha o destino dado a cerca de um bilhão de dólares desviado pelo esquema de corrupção após o impeachment de Collor. O autor teve acesso às movimentações financeiras entre PC Farias e mafiosos italianos pertencentes a uma rede internacional de narcotráfico. O livro defende que instituições brasileiras tiveram acesso a algumas dessas informações mas deixaram os crimes impunes – incluindo o assassinato de PC Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino. Hoje, Fernando Collor é senador (PTB- AL) e participa da CPI do Cachoeira.
  • 5. Memórias das Trevas

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    As 800 páginas desse livro têm como protagonista Antonio Carlos Magalhães, o ACM, que, na época do lançamento, era presidente do Senado. O livro detalha violências e atos de autoritarismo do político em seus mais de 40 anos de poder. O autor, o jornalista e escritor João Carlos Teixeira Gomes começa descrevendo as perseguições que ele e o jornal que dirigia na época (o Jornal da Bahia) sofreram pelo então governador Antonio Carlos Magalhães. ACM morreu em 2007. Na época, ele era senador pelo partido Democratas.
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