Venezuela diz ter impedido plano para desestabilizar eleição
O vice-presidente interino Jorge Arreaza anunciou que dois colombianos foram presos tentando se passar por militares e tramando ações para perturbar o pleito
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2013 às 21h54.
Caracas - O governo venezuelano disse na sexta-feira que desbaratou um plano que pretendia desestabilizar a eleição presidencial de domingo, mas a oposição diz que essa denúncia - semelhante a várias outras nas últimas semanas - busca apenas distrair o eleitorado dos problemas nacionais.
O vice-presidente interino Jorge Arreaza foi à TV anunciar que dois colombianos foram presos tentando se passar por militares venezuelanos e tramando ações não especificadas para perturbar o pleito.
Ao lado de militares de alta patente, Arreaza - genro do falecido presidente Hugo Chávez - mostrou fotos dos dois suspeitos, e também cerca de 50 cartuchos de munição explosivos que, segundo ele, pertenciam a um grupo de mercenários salvadorenhos anteriormente acusados pelo governo venezuelano de tramar a morte do presidente interino Nicolás Maduro, favorito para vencer a eleição.
A eleição de 14 de abril foi convocada depois da morte do socialista Chávez, que governou o país durante 14 anos e morreu em 5 de março, de câncer.
Arreaza disse que os colombianos pretendiam "influenciar a eleição e o período pós-eleitoral". A descoberta do plano, afirmou, "é uma notícia maravilhosa, porque significa que podemos todos votar em paz no domingo".
Em março, Maduro havia dito que autoridades dos EUA tramavam o assassinato do candidato oposicionista Henrique Capriles, o que serviria de pretexto para promover um golpe de Estado - acusação que Washington rejeitou categoricamente.
Em seguida, surgiram as denúncias de que mercenários salvadorenhos estariam preparando um atentado contra Maduro e sabotagens elétricas.
A campanha de Capriles, por sua vez, acusa o governo de preparar uma cilada contra dirigentes da oposição, plantando armas e explosivos para justificar a prisão deles antes da eleição.
Denúncias desse tipo se tornaram comuns na política venezuelana desde que Chávez ascendeu ao poder e deu início a uma "revolução socialista". O próprio Chávez dizia com frequência ser alvo de tramas assassinas, e Maduro chegou a acusar os EUA de inocularem o câncer que matou o líder.
A maioria das pesquisas indica uma ampla vantagem de Maduro sobre Capriles, mas alguns levantamentos mostram uma redução na vantagem do candidato chavista, e uma delas, feita pelo instituto Datanalisis e divulgada por vários bancos na quinta-feira, coloca a vantagem de Maduro em apenas 7 pontos.
As pesquisas na Venezuela, no entanto, são notoriamente divergentes e pouco confiáveis, e sua divulgação dentro do país está proibida no atual período pré-eleitoral.
Caracas - O governo venezuelano disse na sexta-feira que desbaratou um plano que pretendia desestabilizar a eleição presidencial de domingo, mas a oposição diz que essa denúncia - semelhante a várias outras nas últimas semanas - busca apenas distrair o eleitorado dos problemas nacionais.
O vice-presidente interino Jorge Arreaza foi à TV anunciar que dois colombianos foram presos tentando se passar por militares venezuelanos e tramando ações não especificadas para perturbar o pleito.
Ao lado de militares de alta patente, Arreaza - genro do falecido presidente Hugo Chávez - mostrou fotos dos dois suspeitos, e também cerca de 50 cartuchos de munição explosivos que, segundo ele, pertenciam a um grupo de mercenários salvadorenhos anteriormente acusados pelo governo venezuelano de tramar a morte do presidente interino Nicolás Maduro, favorito para vencer a eleição.
A eleição de 14 de abril foi convocada depois da morte do socialista Chávez, que governou o país durante 14 anos e morreu em 5 de março, de câncer.
Arreaza disse que os colombianos pretendiam "influenciar a eleição e o período pós-eleitoral". A descoberta do plano, afirmou, "é uma notícia maravilhosa, porque significa que podemos todos votar em paz no domingo".
Em março, Maduro havia dito que autoridades dos EUA tramavam o assassinato do candidato oposicionista Henrique Capriles, o que serviria de pretexto para promover um golpe de Estado - acusação que Washington rejeitou categoricamente.
Em seguida, surgiram as denúncias de que mercenários salvadorenhos estariam preparando um atentado contra Maduro e sabotagens elétricas.
A campanha de Capriles, por sua vez, acusa o governo de preparar uma cilada contra dirigentes da oposição, plantando armas e explosivos para justificar a prisão deles antes da eleição.
Denúncias desse tipo se tornaram comuns na política venezuelana desde que Chávez ascendeu ao poder e deu início a uma "revolução socialista". O próprio Chávez dizia com frequência ser alvo de tramas assassinas, e Maduro chegou a acusar os EUA de inocularem o câncer que matou o líder.
A maioria das pesquisas indica uma ampla vantagem de Maduro sobre Capriles, mas alguns levantamentos mostram uma redução na vantagem do candidato chavista, e uma delas, feita pelo instituto Datanalisis e divulgada por vários bancos na quinta-feira, coloca a vantagem de Maduro em apenas 7 pontos.
As pesquisas na Venezuela, no entanto, são notoriamente divergentes e pouco confiáveis, e sua divulgação dentro do país está proibida no atual período pré-eleitoral.