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Venezuela detém 3 militares por assassinato de jovem em protesto

O titular da Defensoria afirmou que os três são suspeitos de "uso indevido de arma orgânica de fogo no controle da ordem pública"

Venezuela: a Venezuela vive uma onda de protestos há 82 dias, com 75 mortos (Marco Bello/Reuters)
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EFE

Publicado em 21 de junho de 2017 às 21h49.

Caracas - O titular da Defensoria Pública da Venezuela , Tarek William Saab, informou nesta quarta-feira da detenção de três militares por sua suposta responsabilidade no assassinato de Fabián Urbina, um jovem de 17 anos que foi ferido à bala durante um protesto contra o governo em Caracas.

Por meio de sua conta no Twitter, Saab indicou que os militares detidos foram o primeiro sargento Raymon Ávila, e os segundos sargentos Johan Rojas e Jesús Báez "supostamente envolvidos no homicídio de Fabian Urbina".

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O titular da Defensoria afirmou que os três são suspeitos de "uso indevido de arma orgânica de fogo no controle da ordem pública", ao mesmo tempo em que reiterou a proibição que existe na Venezuela sobre o uso de armas de fogo para dispersar manifestações.

Por essa razão, a Defensoria Pública solicitou que os sargentos detidos, membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada), sejam apresentados perante a Justiça para determinar suas responsabilidades.

O defensor público venezuelano indicou na segunda-feira que dois agentes da polícia já tinham sido detidos por este incidente, ainda que não tenha especificado seus nomes, e detalhou que, durante a contenção de um protesto opositor nesse dia, pelo menos cinco pessoas ficaram feridas por disparos.

Por sua vez, o ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol, anunciou uma investigação sobre o "uso indevido e desproporcional" da força por parte dos agentes, em vista do ocorrido.

A Venezuela vive uma onda de protestos há 82 dias, alguns dos quais se tornaram violentos e se saldaram com 75 mortos e mais de mil feridos, segundo dados do Ministério Público.

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