Venezuela considera "intromissão" pedido de Trump sobre opositor
A chanceler do país fez referência a supostos "lobbys" e "máfias" de Miami, que teriam "cumplicidade com a oposição violenta venezuelana"
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EFE
Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 10h31.
Caracas - O governo da Venezuela rejeitou na quarta-feira o que considerou uma intromissão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, depois dele ter pedido a libertação "imediata" do opositor venezuelano Leopoldo López, preso desde 2014 e condenado a quase 14 anos de prisão.
"A República Bolivariana Venezuela rejeita a intromissão e agressão do presidente dos EUA @realDonaldTrump que pretende dar ordens em nosso país", disse em sua conta no Twitter, a ministra das Relações Exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez.
A chanceler considerou "lamentável" que alguns supostos "lobbys" e "máfias" de Miami, "em cumplicidade com a oposição violenta venezuelana", tenham imposto ao presidente americano políticas contra a chamada revolução bolivariana.
"Enquanto o presidente Nicolás Maduro propõe iniciar nova era de relações de respeito, Trump se solidariza com chefe de ações violentas", afirmou a ministra venezuelana, após classificar López de "líder de ações sangrentas e inconstitucionais".
Na quarta-feira, Trump recebeu na Casa Branca, Lilian Tintori, esposa de Leopoldo López, e pediu a libertação do dirigente opositor, declarado culpado por crimes associados com a violência ocorrida depois de uma manifestação contra o governo venezuelano, que terminou com três mortos e vários feridos.
"A Venezuela deveria permitir que Leopoldo López, um preso político e marido de @liliantintori (que conheci ao lado de @marcorubio), saia da prisão imediatamente", afirmou Trump, em mensagem através de sua conta no Twitter, acompanhado de uma fotografia dele com a esposa do dirigente opositor no Salão Oval.
Além de Trump e Lilian, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e o senador republicano Marco Rubio também aparecem na fotografia.