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Vaticano está preocupado com "momento de crise" da família

Para arcebispo Vincenzo Paglia, "a família está vivendo um momento de crise, histórico, no qual, pela primeira vez, é golpeada no coração"

Papa Francisco: Paglia comemorou o fato de "um dos primeiros gestos" do papa Francisco ter sido a convocação de um sínodo sobre a família (.)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 18h56.

São Paulo - O presidente do Pontifício Conselho para a Família , Vincenzo Paglia, disse nesta quarta-feira em São Paulo que o Vaticano está "muito preocupado" com "momento de crise" que, segundo sua opinião, a família está atravessando.

Para o arcebispo italiano, que ontem visitou Salvador, "a família está vivendo um momento de crise, histórico, no qual, pela primeira vez, é golpeada no coração".

"Não é um problema interno (da religião católica), mas da sociedade humana porque a crise da família significa a crise da sociedade", explicou em entrevista coletiva na Catedral da Sé, onde ressaltou que "é urgente focar a atenção neste grande problema".

Paglia considerou que esta crise é consequência do "sacrifício do afeto", substituído, segundo sua opinião, pela busca "da satisfação pessoal", na qual "o interesse do indivíduo é mais importante que o interesse do coletivo".

Sobre a adoção nos casamentos gays, se limitou a dizer que "em toda a história, a Igreja sempre defendeu as crianças de qualquer natureza".

A respeito dos casais em segundas núpcias, o arcebispo destacou que o papel da comunidade católica é "abraçar" e que se ele tem que "abraçar uma vez um casamento (que não tenha passado por um divórcio antes), ao divorciado, cinco vezes".

Para Paglia, que comemorou o fato de "um dos primeiros gestos" do papa Francisco ter sido a convocação de um sínodo sobre a família, o "afeto tem que ajudar estes núcleos a viver sua relação com a Igreja de maneira mais rigorosa ".

"Temos que ajudar a família a melhorar suas condições econômicas, mas também a viver mais perto da Igreja", continuou Paglia.

O presidente do Pontifício se mostrou também "preocupado" pelos "idosos afastados pela sociedade" assim como "pelas crianças não educadas" e pelas famílias "de um só filho", situações que qualificou de "problemas muito importantes a tratar".

O sínodo sobre a família que será realizado em 2014 em Roma, e que hoje Paglia apresentou aos jornalistas em entrevista coletiva, contém 38 questões em relação "aos desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização".

Entre as perguntas que serão analisadas por bispos de todo o mundo, se encontram questões polêmicas no seio da Igreja como o casamento gay e o batismo dos filhos destes casamentos, a prática da barriga de aluguel e as formas de "feminismo hostil à Igreja", segundo informou um comunicado.

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São Paulo - O presidente do Pontifício Conselho para a Família , Vincenzo Paglia, disse nesta quarta-feira em São Paulo que o Vaticano está "muito preocupado" com "momento de crise" que, segundo sua opinião, a família está atravessando.

Para o arcebispo italiano, que ontem visitou Salvador, "a família está vivendo um momento de crise, histórico, no qual, pela primeira vez, é golpeada no coração".

"Não é um problema interno (da religião católica), mas da sociedade humana porque a crise da família significa a crise da sociedade", explicou em entrevista coletiva na Catedral da Sé, onde ressaltou que "é urgente focar a atenção neste grande problema".

Paglia considerou que esta crise é consequência do "sacrifício do afeto", substituído, segundo sua opinião, pela busca "da satisfação pessoal", na qual "o interesse do indivíduo é mais importante que o interesse do coletivo".

Sobre a adoção nos casamentos gays, se limitou a dizer que "em toda a história, a Igreja sempre defendeu as crianças de qualquer natureza".

A respeito dos casais em segundas núpcias, o arcebispo destacou que o papel da comunidade católica é "abraçar" e que se ele tem que "abraçar uma vez um casamento (que não tenha passado por um divórcio antes), ao divorciado, cinco vezes".

Para Paglia, que comemorou o fato de "um dos primeiros gestos" do papa Francisco ter sido a convocação de um sínodo sobre a família, o "afeto tem que ajudar estes núcleos a viver sua relação com a Igreja de maneira mais rigorosa ".

"Temos que ajudar a família a melhorar suas condições econômicas, mas também a viver mais perto da Igreja", continuou Paglia.

O presidente do Pontifício se mostrou também "preocupado" pelos "idosos afastados pela sociedade" assim como "pelas crianças não educadas" e pelas famílias "de um só filho", situações que qualificou de "problemas muito importantes a tratar".

O sínodo sobre a família que será realizado em 2014 em Roma, e que hoje Paglia apresentou aos jornalistas em entrevista coletiva, contém 38 questões em relação "aos desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização".

Entre as perguntas que serão analisadas por bispos de todo o mundo, se encontram questões polêmicas no seio da Igreja como o casamento gay e o batismo dos filhos destes casamentos, a prática da barriga de aluguel e as formas de "feminismo hostil à Igreja", segundo informou um comunicado.

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