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Uruguai suspende vacinação de crianças contra covid

Juiz determinou suspensão até que se conheçam os contratos entre o governo e a farmacêutica Pfizer e a "composição das substâncias" contidas no medicamento

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Vacina infantil: juiz do Uruguai suspendeu vacinação com Pfizer em menores de 13 anos de idade (NELSON ALMEIDA/AFP)

Vacina infantil: juiz do Uruguai suspendeu vacinação com Pfizer em menores de 13 anos de idade (NELSON ALMEIDA/AFP)

A
AFP

Publicado em 7 de julho de 2022, 18h01.

Última atualização em 11 de julho de 2022, 11h52.

Um juiz do Uruguai determinou, nesta quinta-feira, 7, "a suspensão imediata" da vacinação contra o coronavírus para os menores de 13 anos, até que se conheçam os contratos entre o governo e a farmacêutica Pfizer e a "composição das substâncias" contidas no medicamento.

"Sob advertência de desacato", o juiz Alejandro Recarey, que atua como suplente em um Tribunal Contencioso Administrativo, tomou essa decisão após a apresentação de um recurso para suspender a aplicação da vacina em crianças, prevista no país a partir dos 5 anos de idade, de forma voluntária.

LEIA TAMBÉM: Vacinação de crianças contra covid suspensa no Uruguai: governo recorre da decisão judicial

A suspensão, comunicada em uma decisão emitida nesta quinta, permanecerá vigente até a publicação integral de "todos os contratos de compra destas vacinas" e dos documentos que "detalhem a composição das substâncias a inocular", diz a resolução.

LEIA TAMBÉM: Vacinas para bebês da Pfizer e Moderna são examinadas por especialistas nos EUA

O governo do presidente Luis Lacalle Pou, que foi requisitado junto com a Pfizer para apresentar informações sobre as vacinas por esse mesmo magistrado, anunciou que acatará a sentença - que tem efeito imediato - mas que também recorrerá da mesma.

Recarey entende que deve ser "fornecido aos responsáveis dos menores que se vacinem" um texto "que informe completamente e com clareza" sobre o conteúdo das injeções, seus benefícios, os riscos de sua aplicação, "com detalhe de natureza, probabilidade [e] magnitude", e os "efeitos adversos já detectados, em sua totalidade".

As disposições do contrato firmado entre o governo uruguaio e a Pfizer não foram apresentadas publicamente no país sul-americano de 3,5 milhões de habitantes, que está entre as nações que vacinaram mais rápido contra a covid-19 em todo o mundo.

Antes da sentença, o governo uruguaio desafiou o juiz questionando sua imparcialidade "por ter dado sua opinião anteriormente sobre o mesmo assunto".

Em um comunicado difundido hoje no Twitter, o Ministério de Saúde Pública assinalou que a vacinação no país esteve "baseada nas evidências científicas disponíveis".

(AFP)

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