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Uruguai poderá produzir até 5 toneladas de maconha

País deverá abrir, entre 15 e 20 dias, um processo público para escolher interessados na produção industrial de maconha

Maconha: seriam necessárias 22 toneladas por ano para abastecer o mercado uruguaio (Rick Wilking/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 08h27.

Bogotá - A Junta Nacional de Drogas do Uruguai informou hoje (5) que o país deverá abrir, entre 15 e 20 dias, um processo público para escolher interessados na produção industrial de maconha , conforme o decreto que regulamenta a compra, a venda e o cultivo da planta.

O secretário geral do órgão, Julio Calzada, disse hoje que o governo espera que o país produza entre 4 e 5 toneladas de maconha no primeiro ano de regulamentação.

Entretanto, para abastecer o mercado uruguaio, seriam necessárias 22 toneladas por ano. A expectativa da junta é que o mercado legal alcance 25% do total. De acordo com um levantamento do órgão, o país tem 150 mil consumidores habituais da droga.

O governo só permitirá a produção de forma industrial da maconha a empresas, organizações ou particulares selecionados por “idoneidade” e por não terem vínculos com o narcotráfico. “O cultivo poderia ser iniciado em seis semanas”, acrescentou Calzada.

Os consumidores deverão ser registrados pelo Instituto de Regulação e Controle de Canabis. Inicialmente, o governo definiu que os primeiros hectares de plantações estarão em uma área metropolitana que inclui a capital, Montevidéu, Canelones e San José, no Sul do país.

As regras que regulamentam o mercado entram em vigor amanhã (6). A lei que permite a produção e a venda da maconha no Uruguai havia sido aprovada e promulgada no país em dezembro do ano passado.

São Paulo – O Uruguai fez história no dia 10 de dezembro ao se tornar o primeiro país do mundo a legalizar toda a cadeia da maconha, de seu plantio até o seu consumo, passando pela venda e distribuição. A medida tomada pelo governo uruguaio é ousada e vai na contramão do restante do mundo. Em alguns países, o consumo da droga é descriminalizado, mas sua produção não é legal. Já na maioria deles, toda a cadeia é ilegal. Confira a seguir a situação da droga em 10 países:
  • 2. Uruguai

    2 /10(REUTERS/Andres Stapff)

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    Toda a cadeia produtiva da droga foi legalizada: plantio, cultivo, distribuição, venda e consumo. Um órgão do governo regulamentará o mercado. Somente farmácias autorizadas poderão vender a maconha. Clientes cadastrados poderão comprar até 40 gramas por mês. Para consumo próprio, uruguaios poderão plantar até seis pés de maconha. O governo estima que a grama de maconha será vendida a um dólar.
  • 3. Brasil

    3 /10(NELSON ALMEIDA/AFP/Getty Images)

  • Venda, transporte e cultivo são ilegais. A posse é ilegal, mas descriminalizada. Se o cidadão tem a posse da droga em pequena quantidade, para consumo próprio, não sofrerá reclusão ou prisão, mas poderá receber advertências e ter de prestar serviços comunitários, por exemplo. Já portar maconha ou cultivar a planta em grandes quantidades é considerado tráfico de drogas, crime punido com multa e prisão.
  • 4. Estados Unidos

    4 /10(David McNew/Getty Images)

    Cada estado americano tem autonomia para criar suas próprias leis. A posse e o consumo próprio é legal nos estados de Washington e Colorado e na cidade de Portland, em Maine. Em outros estados, como Michigan, Novo México e Montana, a posse e consumo é legal apenas para fins medicinais. Ela é totalmente ilegal em estados como Oklahoma, Alabama, Texas e Utah.
  • 5. Holanda

    5 /10(Uriel Sinai/Getty Images)

    A maconha é vendida com autorização somente em estabelecimentos autorizados, chamados de “coffee shops”. A posse é ilegal, mas não criminalizada, assim como o transporte. O cultivo para uso pessoal é permitido, mas não para comercialização paralela àquela tolerada nos estabelecimentos previamente autorizados.
  • 6. Coreia do Norte

    6 /10(Justin Sullivan/Getty Images)

    A Coreia do Norte é, talvez, o país mais fechado do mundo, é extremamente militarizado e não costuma hesitar na hora de punir com a pena de morte os criminosos e os opositores do governo. Com as drogas, a repressão não é diferente. Não são toleradas. Contudo, a maconha não é considerada uma droga por lá. Como não há leis sobre seu consumo, não há como falar que ela é ilegal ou legal. A maconha é chamada de “ip tambae” e é vista como uma erva de fumo normal, como o tabaco. É plantada e consumida livremente. Vários turistas relatam ver pés de maconha na beira das estradas e seu consumo na capital Pyongyang. Há relatos, também, de que os soldados são os principais consumidores da erva, pois o governo incentiva o uso para que eles relaxem.
  • 7. Irã

    7 /10(Christopher Furlong/Getty Images)

    Cultivar a planta cannabis não é ilegal se o propósito for alimentar: as sementes são consumidas pelos iranianos. O óleo das sementes também é vendido. Já o consumo para outros propósitos não é permitido.
  • 8. Espanha

    8 /10(PABLO PORCIUNCULA/AFP/Getty Images)

    O cultivo da planta em propriedades privadas, para uso pessoal, não é ilegal. A posse em pequenas quantidades não é criminalizada. Já o transporte e venda é enquadrado como tráfico e a punição pode chegar a seis anos de prisão.
  • 9. Portugal

    9 /10(Gilles Mingasson/Getty Images)

    Posse e transporte em pequenas quantidades é ilegal, mas descriminalizado. Se a quantidade ultrapassa 25 gramas, o caso não é mais visto como de consumo próprio, sim de tráfico, o que é ilegal. Em 2001, Portugal se tornou o primeiro país a descriminalizar o consumo de todas as drogas. O usuário é visto como doente crônico e recebe tratamento do governo.
  • 10. Agora conheça 10 apertos de mãos históricos

    10 /10(Chip Somodevilla/Getty Images)

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