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União Africana suspende Mali após golpe de Estado

O golpe de estado começou na quarta-feira com um motim em um quartel a 15 quilômetros da capital malinesa

O capitão Amadu Haya Sanogo, chefe do grupo militar que depôs Touré, afirmou hoje que devolverá o poder em no máximo nove meses (Habibou Kouyate/AFP)

O capitão Amadu Haya Sanogo, chefe do grupo militar que depôs Touré, afirmou hoje que devolverá o poder em no máximo nove meses (Habibou Kouyate/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2012 às 14h36.

Adis-Abeba - A União Africana (UA) suspendeu nesta sexta-feira Mali como um de seus países-membros por causa do golpe de Estado dado na última quarta por um grupo de oficiais opostos à política militar do presidente Amadu Tomani Touré.

A decisão foi adotada pelo Conselho de Paz e Segurança, órgão supremo da UA, após uma reunião convocada para debater esta crise em Adis-Abeba, sede da organização.

Ao término do encontro, o presidente da Comissão da UA, Jean Ping, revelou aos jornalistas que, caso o exército se consolide no poder, a organização pan-africana adotará medidas como o congelamento de bens e a proibição de viagens dos autores do levante.

Ping acrescentou que a UA recebeu diversos relatórios sobre a situação do deposto presidente malinês, que estaria em uma embaixada em Bamaco, ainda sob a proteção de seus aliados.

'Acho que os soldados (golpistas) não conseguiram convencer outros oficiais e generais para que se unam a eles', especulou o presidente da Comissão da UA.

O golpe de estado começou na quarta-feira com um motim em um quartel a 15 quilômetros da capital malinesa, a princípio pela rejeição dos recrutas a serem mobilizados para participar dos confrontos entre o exército e forças independentistas tuaregues no norte de Mali.

Os amotinados foram à capital, onde tomaram a sede da rádio e da rede de televisão estatal e, após somarem forças, detiveram vários ministros, invadiram o palácio presidencial e anunciaram vitória.

O capitão Amadu Haya Sanogo, chefe do grupo militar que depôs Touré, afirmou hoje que devolverá o poder em no máximo nove meses, ao término de sua missão de 'salvar a nação'. 

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