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Um terço dos Patrimônios Naturais do Mundo está ameaçado

Relatório alerta para os riscos associados a atividades de mineração, petróleo e gás em lugares de imenso valor natural


	 Paraísos em risco: a Grande Barreira de Corais, na Austrália, é um dos Patrimônios Naturais sob ameaça.
 (Thinckstock/Thinkstock)

Paraísos em risco: a Grande Barreira de Corais, na Austrália, é um dos Patrimônios Naturais sob ameaça. (Thinckstock/Thinkstock)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 5 de outubro de 2015 às 19h28.

São Paulo - Quase um terço de todos os lugares considerados Patrimônios Naturais do Mundo estão sob ameaça de atividades ligadas à indústria de petróleo, gás e de mineração. Ameaça que sobe para alarmantes 61 por cento em regiões como a África. 

A avaliação é de um relatório produzido pela organização conservacionista World Wide Fund for Nature (WWF) e os gestores de ativos Aviva Investors e Investec Asset Management. 

Patrimônios Mundiais Naturais (ou World Heritage Site, em inglês) são lugares de enorme valor natural, como o Grand Canyon, a Grande Barreira de Corais e a Reserva Selous Game, na Tanzânia.

Cobrindo menos de 1% do planeta, eles contêm um enorme valor natural, como paisagens singulares e alguns dos animais mais raros da Terra, como gorilas da montanha, elefantes africanos, leopardos da neve, baleias e tartarugas marinhas. 

Na ponta do lápis, o estudo considera em risco 70 paraísos naturais terrestres e marinhos. As ameaças relacionam-se às operações em atividade ou à entrada de empresas para concessão de exploração de minérios, petróleo ou gás, e que podem causar danos irreparáveis aos locais e sua biodiversidade, além de prejudicar as comunidades que tiram dali sua subsistência. 

Nem todos os locais considerados sob risco, entretanto, são susceptíveis de exploração direta das empresas de combustíveis fósseis ou de mineração, mas muitos estão em processo de concessões para extração ou em risco de serem atravessados por infraestruturas necessárias para esse desenvolvimento, como rotas de transporte. 

O estudo também ressalta os riscos para os investidores que trabalham ou possuem a intenção de trabalhar com empresas que atuam com extração nesses lugares ou próximos a eles - tanto riscos financeiros quanto de reputação.

A partir do relatório, o WWF convoca investidores a abordar as companhias de extração e encorajá-las a adotar compromissos significativos de “não atuação” e “não impacto” nos Patrimônios Mundiais Naturais, além de divulgar de forma proativa as operações em atividade (existentes, ou em vias de existir), dentro ou nas proximidades de Patrimônios Mundiais Naturais.

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