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UE precisa de união fiscal para superar crise, diz ministro alemão

Wolfgang Schäuble também ressaltou que o modelo anglo-saxão de desregulação dos mercados fracassou com a crise de 2008

Schäuble participa de uma conferência organizada pela Universidade Corvinus em Budapeste
 (Eric Piermont/AFP)

Schäuble participa de uma conferência organizada pela Universidade Corvinus em Budapeste (Eric Piermont/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 11h10.

Budapeste - A União Europeia (UE) precisa de uma "união orçamentária" para superar a crise e recuperar a confiança dos mercados, assegurou nesta segunda-feira em Budapeste Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças.

"É preciso criar uma união orçamentária junto à união monetária", declarou Schäuble em Budapeste, onde participa de uma conferência organizada pela Universidade Corvinus sobre o crescimento e a competitividade na Europa.

"Está claro que temos que recuperar a confiança dos mercados financeiros", disse, antes de lembrar que "a mundialização e a informática" não deixam muito tempo para a estabilização do euro.

"O que observamos nos mercados financeiros também observamos na economia real: a competitividade aumenta na indústria, é mais rápida e mais intensiva", acrescentou.

"A solução para todos estes problemas é a união orçamentária", reiterou o ministro, após indicar que a crise também é uma oportunidade, já que o interesse econômico pode pressionar a vontade política.


Wolfgang Schäuble também ressaltou que o modelo anglo-saxão de desregulação dos mercados fracassou com a crise de 2008: "Estamos definindo, encontrando novas regras e temos que encontrar o centro entre a regulação dos mercados e suas liberdades".

Segundo o ministro, Berlim quer uma solução "duradoura e sustentável" não apenas para os 17 países da Eurozona, mas para os 27 da União Europeia e, inclusive, para todo o continente.

Schäuble fez esta declaração pouco antes do encontro entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chefe do governo alemão, Angela Merkel, para tentar planejar um plano de ajuda para a Eurozona que irão propor aos seus sócios na cúpula de Bruxelas, nos dias 8 e 9 de dezembro, em mais uma tentativa de resolver a crise da dívida.

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