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UE finaliza plano anticrise à espera de medidas de ajuste da Itália

O país deve enviar a Bruxelas uma lista com suas medidas concretas para convencer o mercado sobre a viabilidade de sua situação econômica

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou que é agora o 'momento de acabar com as incertezas' (John Thys/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2011 às 13h20.

Bruxelas - A União Europeia se apressa às vésperas da cúpula extraordinária desta quarta-feira para afinar a estratégia anticrise ainda pendente da posição da Itália , que deve enviar a Bruxelas antes do encontro uma lista com suas medidas concretas para convencer o mercado sobre a viabilidade de sua situação econômica.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou nesta terça-feira que é agora o 'momento de acabar com as incertezas' e, por isso, a zona do euro está 'trabalhando em soluções sólidas e convincentes' que deve aprovar nesta quarta-feira.

'Confio que o trabalho permitirá alcançar sucesso' nas cúpulas extraordinárias da zona do euro e da UE, disse em Bruxelas.

Em outra capital europeia, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, não conseguiu até agora o apoio necessário para dar forma às medidas exigidas por Bruxelas: reformas no sistema de previdência e no marco jurídico que regula as empresas, além de avanços na consolidação fiscal e orçamentária.

Itália, que fará uma nova tentativa neste tarde para chegar nesta quarta-feira a um claro compromisso à cúpula, acumula uma dívida de 120% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a 1,9 trilhão de euros e, embora conte com potencial econômico para enfrentar, suas fragilidades estruturais e a crescente desconfiança nos mercados reavivam rumores sobre a necessidade de um possível resgate.

À espera de notícias da Itália, a UE trabalha para ter pronto até esta quarta o plano contra a crise da dívida que incluirá respostas à situação da Grécia, a recapitalização dos bancos e a ampliação do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).


Sobre este último ponto, a chanceler alemã, Angela Merkel, antecipou que a capacidade de empréstimo efetiva do fundo temporário de resgate, 440 bilhões de euros, será elevada até 1 trilhão de euros.

Sobre a mesa seguem duas opções: usar o fundo temporário de resgate para aprovar parte das emissões de dívida da Itália, Espanha e outros países submetidos à pressão dos mercados ou criar um 'veículo de propósitos especiais' para atrair os mercados emergentes.

A segunda opção poderia partir diretamente do FEEF e contar com a participação do Fundo Monetário Internacional. Cogita-se ainda a possibilidade de combinar as duas.

A necessidade de ampliar o fundo de resgate diz respeito ao temor de contágio da crise da dívida para economias como a italiana e a espanhola, cuja dimensão é grande demais para que o FEEF em sua forma atual pudesse ajudá-los.

Outro ponto que desenha a UE para acalmar aos mercados é o reforço aos bancos com o objetivo de blindá-los diante de uma possível falta de pagamento da dívida soberana da Grécia e de algum dos países expostos.

Os bancos europeus precisarão mais de 100 bilhões de euros para recapitalizar e chegar a 9% do quociente de capital de máxima qualidade, proposto pela Autoridade Bancária Europeia (ABE).

O último pilar do acordo tem a ver com a Grécia e com a necessidade de aumentar o perdão de sua dívida devido ao recrudescimento da situação econômica e a incapacidade de financiar-se nos mercados.

O segundo resgate à Grécia, fechado em 21 de julho, totalizou 159 bilhões de euros: 109 bilhões de euros da UE e FMI e outros 50 bilhões do setor privado.

Se confirmado o aumento do percentual de 50% para 60%, é possível que a participação do setor privado siga representando 50 bilhões de euros devido à desvalorização no mercado. EFE

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Bruxelas - A União Europeia se apressa às vésperas da cúpula extraordinária desta quarta-feira para afinar a estratégia anticrise ainda pendente da posição da Itália , que deve enviar a Bruxelas antes do encontro uma lista com suas medidas concretas para convencer o mercado sobre a viabilidade de sua situação econômica.

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'Confio que o trabalho permitirá alcançar sucesso' nas cúpulas extraordinárias da zona do euro e da UE, disse em Bruxelas.

Em outra capital europeia, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, não conseguiu até agora o apoio necessário para dar forma às medidas exigidas por Bruxelas: reformas no sistema de previdência e no marco jurídico que regula as empresas, além de avanços na consolidação fiscal e orçamentária.

Itália, que fará uma nova tentativa neste tarde para chegar nesta quarta-feira a um claro compromisso à cúpula, acumula uma dívida de 120% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a 1,9 trilhão de euros e, embora conte com potencial econômico para enfrentar, suas fragilidades estruturais e a crescente desconfiança nos mercados reavivam rumores sobre a necessidade de um possível resgate.

À espera de notícias da Itália, a UE trabalha para ter pronto até esta quarta o plano contra a crise da dívida que incluirá respostas à situação da Grécia, a recapitalização dos bancos e a ampliação do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).


Sobre este último ponto, a chanceler alemã, Angela Merkel, antecipou que a capacidade de empréstimo efetiva do fundo temporário de resgate, 440 bilhões de euros, será elevada até 1 trilhão de euros.

Sobre a mesa seguem duas opções: usar o fundo temporário de resgate para aprovar parte das emissões de dívida da Itália, Espanha e outros países submetidos à pressão dos mercados ou criar um 'veículo de propósitos especiais' para atrair os mercados emergentes.

A segunda opção poderia partir diretamente do FEEF e contar com a participação do Fundo Monetário Internacional. Cogita-se ainda a possibilidade de combinar as duas.

A necessidade de ampliar o fundo de resgate diz respeito ao temor de contágio da crise da dívida para economias como a italiana e a espanhola, cuja dimensão é grande demais para que o FEEF em sua forma atual pudesse ajudá-los.

Outro ponto que desenha a UE para acalmar aos mercados é o reforço aos bancos com o objetivo de blindá-los diante de uma possível falta de pagamento da dívida soberana da Grécia e de algum dos países expostos.

Os bancos europeus precisarão mais de 100 bilhões de euros para recapitalizar e chegar a 9% do quociente de capital de máxima qualidade, proposto pela Autoridade Bancária Europeia (ABE).

O último pilar do acordo tem a ver com a Grécia e com a necessidade de aumentar o perdão de sua dívida devido ao recrudescimento da situação econômica e a incapacidade de financiar-se nos mercados.

O segundo resgate à Grécia, fechado em 21 de julho, totalizou 159 bilhões de euros: 109 bilhões de euros da UE e FMI e outros 50 bilhões do setor privado.

Se confirmado o aumento do percentual de 50% para 60%, é possível que a participação do setor privado siga representando 50 bilhões de euros devido à desvalorização no mercado. EFE

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